A paz e a
poesia
Andam sempre
de mãos dadas?
Ou nem
sempre isso acontece?
Quando é que
estão separadas?
É quando tem
confusão
E as coisas
ficam agitadas.
Dizer hoje
que a paz
Com seu
valor tão fecundo
É uma
realidade
Na maior
parte do mundo
É
desconhecer da paz
O seu
sentido profundo.
Como dizer
que há paz
Junto aos
corações partidos,
Nos casais
que se separam
Com seus
soluços contidos
Sufocando em
seus peitos
Em vez de
gritos, gemidos?
Como dizer
que há paz
Nesse
sistema egoísta
Que na busca
por mercados
Matéria-prima
e conquista
Já provocou
duas guerras
Na fase
imperialista?
Como dizer
que há paz
No meio dos
deserdados,
Excluídos
das riquezas,
Nas celas,
encarcerados,
Sem-terra,
casa e sem pão
Ou mesmo
desempregados?
Como dizer que
há paz
Com a mulher
que sofre assédio
Ou mesmo lá
no Iraque,
Parte do
Oriente Médio
Vendo as
pessoas morrerem
De bala,
fome ou de tédio?
Como dizer
que há paz
Na Europa em
recessão
Com o povo
desempregado
Já na fila
do sopão
E o vírus Neoliberal
Contaminando
a “nação”?
Como dizer
que há paz
Numa Líbia
mutilada
Dividida
entre tribos
Numa disputa
acirrada
E a riqueza
da Nação
Pela OTAN
saqueada?
Como dizer
que há paz
Lá no
Afeganistão
Que também
foi invadido
Por causa da
“ambição”
Que não
respeita culturas,
Povos, nem
religião?
Como dizer
que há paz
Na Síria do
Oriente
Atacada por
bandidos
Que
assassinam muita gente
Com atos de terrorismo
E apoio do "Ocidente?"
Penso, porém
que a paz,
Pode ser
realidade
Noutro
sistema econômico
Que tenha
mais igualdade
Entre povos
e nações
Com justiça
e liberdade.
Se for
difícil ter paz
Em meio a
tanta agonia
É possível
promover
O cordel e a
cantoria,
Pois a
guerra mata a vida,
Mas não mata
a poesia.
É preciso
defender
A paz e a
poesia:
Uma
representa a vida
Enquanto
gera harmonia.
A outra é
cultura, é arte,
É prazer e
alegria.
Tabira, 09
de março de 2005.
Refeito em
10\08\2012.
Dedé
Rodrigues
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