Promovido pelo banco Itaú, ocorreu ontem (28) em São Paulo um seminário que reuniu três ícones do neoliberalismo: o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, o ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair, e o ex-presidente FHC. Os três “ex” falaram para um público seleto: cerca de 500 executivos de poderosas multinacionais – “com faturamento acima de US$ 100 milhões anuais”, segundo a revista IstoÉ Dinheiro. Eles trataram de diversos temas e, lógico, deram suas receitas para enfrentar o conturbado cenário mundial.
Sabe qual foi a receita que eles deram? Aquela de tirar ainda mais os direitos dos trabalhadores como estão fazendo na Europa.
Sabe qual foi a receita que eles deram? Aquela de tirar ainda mais os direitos dos trabalhadores como estão fazendo na Europa.
As contrarreformas do capital
Mas os executivos das poderosas corporações – os badalados CEOs – necessitam de consolo neste momento de graves dificuldades. O capitalismo afunda na crise e eles procuram “fórmulas” para jogar o ônus do desastre nas costas dos trabalhadores. Neste sentido, os conselhos de Clinton, Blair e FHC são pagos a preço de ouro, com o apoio do Itaú. O ex-primeiro ministro britânico até aproveitou sua viagem ao Brasil para fechar contratos de “consultoria de gestão” com os governos do Rio de Janeiro e São Paulo.
Clinton e Blair até elogiaram o governo Dilma – o que não deve ter agradado FHC, em plena campanha eleitoral para salvar a oposição demotucana. “O Brasil tem tido uma história de sucesso e progresso extraordinário”, bajulou o britânico. “Olhando de fora, o Brasil está muito bem. Se tivesse que apostar num país, seria o Brasil”, afirmou Clinton. Mas todos insistiram na defesa de teses neoliberais, as mesmas que afundaram as economias dos EUA e da Europa. O bordão é o da "urgência das reformas" – ou melhor, das contrarreformas neoliberais.
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