Quando é dia de feira
Nas cidades do sertão
Pra vender tem rubacão
Buchada com macaxeira.
Tem bainha de peixeira
Candeeiro e lamparina
Tem bagaço de usina
Vendido como ração,
Isso é feira do sertão
Alegria nordestina.
Duas horas da madrugada
Começa a arrumação
Vem caixão e vai caixão
Suspende os paus da latada.
E ela fica enfeitada
Sortida de tudo um pouco
Rapadura, mel e côco.
‘Caçuá’, corda e gibão,
Isso é feira do sertão
‘Shoping center’ do ‘cabôco’.
Tem pavio de candeeiro
Tem ‘arupemba’ e cangalha.
Tem rede feita de malha
E meu Padim do Juazeiro.
Tem fruta, roupa e tempero.
sarapatel pra vender
Tem cachaça pra beber
E depois cuspir no chão,
Isso é feira do sertão
É bom demais de se ver.
Tem ratoeira, arataca.
Tem pedra de amolar
Tem ‘puara’ em todo bar
Arenga e briga de faca.
Quando desmonta a barraca
No fim da feira sobrou
Quem se deu quem não lucrou.
Mais tem outra ocasião,
Isso é feira do sertão
D’outra vez aqui estou.
Fonte: Blog Tião Lucena.
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