terça-feira, 21 de agosto de 2012

UMA CULTURA DE PAZ (ESCOLA ARNALDO VIVENCIARÁ UMA SEMANA PELA PAZ)

                                              
Editado por Dedé Rodrigues.

Pesquisa para os alunos da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti. 

A Escola Arnaldo Alves Cavalcanti estará vivenciando uma campanha na próxima semana do dia 27 a 31 de agosto intitulada UMA CULTURA DE PAZ . Para auxiliar a campanha a equipe gestora está  distribuindo diversos  temas por áreas de conhecimento. Uma importante fonte norteadora será o CADERNO DE ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS distribuído para os professores efetivos das escolas que traz 08 eixos temáticos tratando de questões como pobreza, fome, meio ambiente, patrimônio material e imaterial, direito a terra, prática pedagógica, relações étnico\raciais e Direitos Humanos.  A Campanha culminará com um painel construído pelos professores e alunos da escola e servirá como tarefa que será apresentada ao curso do PROGEPE (Curso de Aperfeiçoamento em Gestão Escolar em Pernambuco) que está sendo realizado no Estado e para alguns professores da região em Afogados da Ingazeira.
PARTICIPE!

ALUNO:Clique abaixo para pesquisar mais sobre UMA CULTURA DE PAZ. 



   

UMA CULTURA DE PAZ (NECESSIDADE URGENTE NO MUNDO)
Ocorreu nos dias 20 e 23 de julho, da Assembleia Geral do Conselho Mundial da Paz, em Katmandu, Nepal. Na ocasião, a brasileira  Socorro Gomes foi reeleita presidenta da entidade. Socorro fez um pronunciamento contundente de denúncia das agressões imperialistas e um chamamento à resistência e luta dos povos.
O mundo vive graves impasses. Uma persistente crise econômica torna o cotidiano dos trabalhadores insuportável. Ninguém sabe se no dia seguinte terá assegurado o seu emprego e o sustento para si e suas famílias. A sobrevivência dos trabalhadores torna-se dramática. Seus direitos são alvo de uma ofensiva sem precedentes do sistema capitalista. O que se tira da mesa dos trabalhadores é dado aos bancos. Ela continua:
Aumentam os conflitos políticos, as contradições entre as próprias potências imperialistas, a concorrência por mercados e zonas de influência, a rivalidade pelo domínio do mundo. Tudo isso resulta em ameaças à paz e à segurança internacional.
Intensifica-se a agressividade imperialista. Os focos de tensão e guerra regionais multiplicam-se: na Ásia, na África e no Oriente Médio.
A administração de Obama seguiu em essência os caminhos do seu antecessor. Do ponto de vista dos interesses estratégicos, ambos defendem a supremacia política e militar estadunidense no mundo. Tanto uma como outra facção política – os republicanos e os democratas – empenham-se alternadamente na defesa dos interesses imperialistas desta superpotência e o fazem por todos os meios, recorrendo ao militarismo e à guerra.
Obama continuou as guerras de Bush. Prossegue a ocupação militar do Afeganistão, considerado pelos agressores como centro da chamada “guerra ao terrorismo”, conceito que se incorporou à doutrina de segurança nacional dos Estados Unidos e condiciona suas ações de política externa, assim como a estratégia militar.
Seguindo o mesmo curso de primazia militar, os Estados Unidos têm quase um milhar de bases militares espalhadas pelo mundo. A grande máquina de guerra dos Estados Unidos custa US$ 1,5 trilhão ao ano, valor que corresponde a 43% dos gastos militares em todo o mundo.
Um dos pilares da política militar do imperialismo norte-americano é o aumento da presença na América Latina e no Caribe. Os mais significativos exemplos disso são a existência da 4ª Frota da Marinha de Guerra dos Estados Unidos e o aumento do número de bases militares.
Outra movimentação recente do imperialismo estadunidense no sentido de aumentar sua presença militar no mundo foi a criação do Comando Africano, ou Africom. Através desse novo mecanismo, os imperialistas estadunidenses pretendem controlar militarmente o continente africano, hoje alvo de disputa com outras potências. Chama ainda a atenção a luta pelo controle do Oceano Índico.
Em maio de 2010, teve lugar a Conferência das Nações Unidas sobre a Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Na ocasião, o Conselho Mundial da Paz participou de grandes manifestações populares pelo desarmamento e de fóruns em que difundiu suas posições sobre o tema.
Nunca é demais proclamar a luta contra a ameaça nuclear, bandeira histórica do nosso movimento. Nesta assembleia de Katmandu, mais uma vez dizemos ao mundo que é necessário eliminar as armas nucleares, que constituem uma ameaça à própria sobrevivência da humanidade.
O Oriente Médio continua vivendo situação tensa e explosiva. Nesse período ocorreram revoltas populares, lutas democráticas, levantes de rua e a queda de regimes ditatoriais ligados ao imperialismo norte-americano e europeu. Foi o caso principalmente das lutas na Tunísia e no Egito.
O Conselho Mundial da Paz apoiou e apoia as justas reivindicações das massas populares desses países, as lutas democráticas e contra a corrupção e a repressão. Ao mesmo tempo, alertamos que o imperialismo tentou e tenta manipular esses legítimos sentimentos para manter o controle da situação, derrubar do poder os governos que não se submetem aos seus ditames e aplicar os seus velhos planos de “reestruturação” do Oriente Médio, com a finalidade de instalar no poder regimes dóceis e submissos, adaptáveis aos seus interesses.
Ao mesmo tempo, o imperialismo continua dando mão forte a regimes reacionários, em países onde estão instaladas suas frotas guerreiras e bases militares e que margeiam as rotas petrolíferas marítimas.
Atualmente, está em curso uma escalada de pressões, ingerências e ameaças de agressão contra a Síria. Configura-se o cenário para uma intervenção militar no país. As potências imperialistas financiam e armam hordas de mercenários oriundos do Iraque, da Líbia e da Turquia, com o objetivo de disseminar o terror e desestabilizar o país.
O que as potências imperialistas discutem agora é se a intervenção teria ou não a cobertura de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, razão pela qual insistem no apoio diplomático da Rússia e da China para esse fim.
Também o Irã está sob ameaça de ataque das potências imperialistas, acusado de violar os direitos humanos e de fabricar a bomba atômica.
Já vimos a que levou a ação das forças imperialistas na Líbia. Sob o pretexto de apoiar a oposição ao governo do país e supostamente defender a população de ações repressivas, essas forças primeiramente instrumentalizaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que estabelecia a criação de uma “zona de exclusão aérea”.
Depois, essas potências usaram essa resolução para realizar bombardeios que atingiram cidades e povoados e acarretaram milhares de vítimas na população civil.
Fizeram uma guerra que claramente excedia o mandato do Conselho de Segurança e constituía, uma vez mais, um ato de violação à carta das Nações Unidas. Por fim, as potências agressivas derrubaram o governo líbio e criaram as condições para o bárbaro assassinato do seu líder. Esses atos no país do Norte da África são reveladores do ponto a que podem chegar as forças imperialistas. Já tinham feito isso no Iraque, onde além da intervenção militar assassinaram o ex-presidente da República.
Por isso, insistimos na denúncia de que os imperialistas pretendem fazer o mesmo na Síria, o que deve soar como um sinal de alarme para os lutadores da paz em todo o mundo.
É necessário realizar ações militantes, pois somente a mobilização dos povos, das forças do progresso social, da justiça e da paz, irmanadas com os movimentos dos trabalhadores, poderão deter a mão criminosa do imperialismo agressor.
Os Estados Unidos fazem sistematicamente por meio dos ataques com os aviões não tripulados “drones”, na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, onde não poupam a vida das populações civis. Os crimes cometidos causam a indignação dos democratas e anti-imperialistas em todo o mundo e provocam reações até mesmo nos EUA.
Para realizar essas políticas, as potências imperialistas se utilizam dos seus instrumentos de força. Ostentam o poderio nuclear, instalam bases militares em todas as regiões, criam novas armas de destruição em massa e escudos antimísseis e principalmente reforçam o seu principal instrumento agressivo – a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em 2010, a Otan realizou sua reunião de cúpula em Lisboa, onde adotou nova doutrina estratégica. Na ocasião, o Conselho Mundial da Paz participou de manifestação de massas organizada pelo Conselho Português pela Paz e Cooperação, quando dezenas de milhares de pessoas exigiram o desmantelamento dessa máquina de guerra.
Agora, no passado mês de maio, teve lugar em Chicago mais uma reunião de cúpula dessa organização. Toda vez que a Otan se reúne, os direitos democráticos dos povos, a segurança internacional e a paz mundial são ameaçados.
O novo conceito estratégico é um passo adiante para concretizar os planos intervencionistas do imperialismo. Mais uma vez, estão em pauta a corrida aos armamentos, o investimento em novas armas e a ampliação de sua rede mundial de bases militares.
A Otan, baseada no novo conceito estratégico, agora intervém em qualquer região do mundo. Os pretextos para tais intervenções são os mais variados, invocados de acordo com interesses conjunturais e de longo prazo. Defender a “democracia”, os “direitos humanos”, evitar “tragédias humanitárias”, afastar do poder “ditadores”, prevenir “o terrorismo”, proteger o planeta de “ameaças ambientais” e defender-se de “ataques cibernéticos”, entre outros, são os pretextos catalogados pelo novo conceito estratégico da Otan para realizar intervenções militares.
O novo conceito estratégico mantém a opção de utilizar as armas nucleares e assegura a permanência das instalações nucleares dos Estados Unidos no território de outros países membros da Otan.
A cúpula de Chicago da Otan consagrou o projeto de instalar na Europa novos sistemas de míssil com caráter ofensivo, como o “escudo antimíssil” dos EUA.
Segundo o novo conceito estratégico, a Otan estabelecerá as chamadas “parcerias” com países, organizações regionais e internacionais. Entre outras regiões, pretende estabelecer pactos militares no Atlântico Sul.
Companheiras e companheiros, queria mencionar também o cenário latino-americano. A tendência principal na América Latina continua sendo a do aprofundamento das conquistas democráticas e patrióticas que se sucedem às vitórias políticas das forças progressistas em muitos países.
O crescimento da lutas democráticas e anti-imperialistas na América Latina e Caribe tem grande relevância para o avanço da luta pela paz no mundo.
Diante de tão graves ameaças à humanidade, são grandes os desafios que têm diante de si os que lutam pela paz no mundo. É necessário enfrentar essas ameaças, organizar o levantamento dos povos, opor-se aos planos militaristas e belicistas das grandes potências, resistir e lutar, defender a paz, ampliar a resistência e a luta, reforçar o movimento pela paz em todo o mundo, fortalecer o Conselho Mundial da Paz e os movimentos anti-imperialistas.
Somente a luta dos povos porá fim à ordem internacional iníqua e construirá o futuro de paz. Essas lutas confirmam a necessidade de fortalecer o movimento pela paz, o CMP, em ação militante e combativa e em aliança com os trabalhadores e todas as forças anti-imperialistas. Desde Katmandu, reafirmamos aos povos do mundo a nossa convicção de que o imperialismo não é invencível, será derrotado.
Muito obrigada,
Socorro Gomes
Katmandu, Nepal, 21 de julho de 2012

                                      

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