Editado por Dedé Rodrigues.
Pesquisa para os alunos da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti.
A Escola Arnaldo Alves Cavalcanti estará vivenciando uma
campanha na próxima semana do dia 27 a 31 de agosto intitulada UMA CULTURA DE
PAZ . Para auxiliar a campanha a equipe gestora está distribuindo diversos temas por
áreas de conhecimento. Uma importante fonte norteadora será o CADERNO DE ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS distribuído para os professores
efetivos das escolas que traz 08 eixos temáticos tratando de questões como
pobreza, fome, meio ambiente, patrimônio material e imaterial, direito a terra,
prática pedagógica, relações étnico\raciais e Direitos Humanos. A Campanha culminará com um painel construído
pelos professores e alunos da escola e servirá como tarefa que será apresentada
ao curso do PROGEPE (Curso de Aperfeiçoamento em Gestão Escolar em Pernambuco) que está sendo
realizado no Estado e para alguns professores da região em Afogados da Ingazeira.
PARTICIPE!
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ALUNO:Clique abaixo para pesquisar mais sobre UMA CULTURA DE PAZ.
UMA CULTURA
DE PAZ (NECESSIDADE URGENTE NO MUNDO)
Ocorreu nos
dias 20 e 23 de julho, da Assembleia Geral do Conselho Mundial da Paz, em
Katmandu, Nepal. Na ocasião, a brasileira Socorro Gomes foi reeleita presidenta da
entidade. Socorro fez um pronunciamento contundente de denúncia das agressões
imperialistas e um chamamento à resistência e luta dos povos.
O mundo vive graves impasses. Uma
persistente crise econômica torna o cotidiano dos trabalhadores insuportável.
Ninguém sabe se no dia seguinte terá assegurado o seu emprego e o sustento para
si e suas famílias. A sobrevivência dos trabalhadores torna-se dramática. Seus
direitos são alvo de uma ofensiva sem precedentes do sistema capitalista. O que
se tira da mesa dos trabalhadores é dado aos bancos. Ela continua:
Aumentam os conflitos políticos, as
contradições entre as próprias potências imperialistas, a concorrência por
mercados e zonas de influência, a rivalidade pelo domínio do mundo. Tudo isso
resulta em ameaças à paz e à segurança internacional.
Intensifica-se a agressividade
imperialista. Os focos de tensão e guerra regionais multiplicam-se: na Ásia, na
África e no Oriente Médio.
A administração de Obama seguiu em
essência os caminhos do seu antecessor. Do ponto de vista dos interesses
estratégicos, ambos defendem a supremacia política e militar estadunidense no
mundo. Tanto uma como outra facção política – os republicanos e os democratas –
empenham-se alternadamente na defesa dos interesses imperialistas desta
superpotência e o fazem por todos os meios, recorrendo ao militarismo e à
guerra.
Obama continuou as guerras de Bush.
Prossegue a ocupação militar do Afeganistão, considerado pelos agressores como
centro da chamada “guerra ao terrorismo”, conceito que se incorporou à doutrina
de segurança nacional dos Estados Unidos e condiciona suas ações de política
externa, assim como a estratégia militar.
Seguindo o
mesmo curso de primazia militar, os Estados Unidos têm quase um milhar de bases
militares espalhadas pelo mundo. A grande máquina de guerra dos Estados Unidos
custa US$ 1,5 trilhão ao ano, valor que corresponde a 43% dos gastos militares
em todo o mundo.
Um dos pilares da política militar do
imperialismo norte-americano é o aumento da presença na América Latina e no
Caribe. Os mais significativos exemplos disso são a existência da 4ª Frota da
Marinha de Guerra dos Estados Unidos e o aumento do número de bases militares.
Outra movimentação recente do
imperialismo estadunidense no sentido de aumentar sua presença militar no mundo
foi a criação do Comando Africano, ou Africom. Através desse novo mecanismo, os
imperialistas estadunidenses pretendem controlar militarmente o continente
africano, hoje alvo de disputa com outras potências. Chama ainda a atenção a
luta pelo controle do Oceano Índico.
Em maio de 2010, teve lugar a
Conferência das Nações Unidas sobre a Revisão do Tratado de Não Proliferação
Nuclear. Na ocasião, o Conselho Mundial da Paz participou de grandes manifestações
populares pelo desarmamento e de fóruns em que difundiu suas posições sobre o
tema.
Nunca é demais proclamar a luta contra
a ameaça nuclear, bandeira histórica do nosso movimento. Nesta assembleia de
Katmandu, mais uma vez dizemos ao mundo que é necessário eliminar as armas
nucleares, que constituem uma ameaça à própria sobrevivência da humanidade.
O Oriente Médio continua vivendo
situação tensa e explosiva. Nesse período ocorreram revoltas populares, lutas
democráticas, levantes de rua e a queda de regimes ditatoriais ligados ao
imperialismo norte-americano e europeu. Foi o caso principalmente das lutas na
Tunísia e no Egito.
O Conselho Mundial da Paz apoiou e
apoia as justas reivindicações das massas populares desses países, as lutas
democráticas e contra a corrupção e a repressão. Ao mesmo tempo, alertamos que
o imperialismo tentou e tenta manipular esses legítimos sentimentos para manter
o controle da situação, derrubar do poder os governos que não se submetem aos
seus ditames e aplicar os seus velhos planos de “reestruturação” do Oriente
Médio, com a finalidade de instalar no poder regimes dóceis e submissos,
adaptáveis aos seus interesses.
Ao mesmo tempo, o imperialismo
continua dando mão forte a regimes reacionários, em países onde estão
instaladas suas frotas guerreiras e bases militares e que margeiam as rotas
petrolíferas marítimas.
Atualmente, está em curso uma escalada
de pressões, ingerências e ameaças de agressão contra a Síria. Configura-se o
cenário para uma intervenção militar no país. As potências imperialistas
financiam e armam hordas de mercenários oriundos do Iraque, da Líbia e da
Turquia, com o objetivo de disseminar o terror e desestabilizar o país.
O que as potências imperialistas
discutem agora é se a intervenção teria ou não a cobertura de uma resolução do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, razão pela qual insistem no apoio
diplomático da Rússia e da China para esse fim.
Também o Irã está sob ameaça de ataque
das potências imperialistas, acusado de violar os direitos humanos e de
fabricar a bomba atômica.
Já vimos a que levou a ação das forças
imperialistas na Líbia. Sob o pretexto de apoiar a oposição ao governo do país
e supostamente defender a população de ações repressivas, essas forças
primeiramente instrumentalizaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU
que estabelecia a criação de uma “zona de exclusão aérea”.
Depois, essas potências usaram essa
resolução para realizar bombardeios que atingiram cidades e povoados e
acarretaram milhares de vítimas na população civil.
Fizeram uma guerra que claramente
excedia o mandato do Conselho de Segurança e constituía, uma vez mais, um ato
de violação à carta das Nações Unidas. Por fim, as potências agressivas
derrubaram o governo líbio e criaram as condições para o bárbaro assassinato do
seu líder. Esses atos no país do Norte da África são reveladores do ponto a que
podem chegar as forças imperialistas. Já tinham feito isso no Iraque, onde além
da intervenção militar assassinaram o ex-presidente da República.
Por isso, insistimos na denúncia de
que os imperialistas pretendem fazer o mesmo na Síria, o que deve soar como um
sinal de alarme para os lutadores da paz em todo o mundo.
É necessário realizar ações
militantes, pois somente a mobilização dos povos, das forças do progresso
social, da justiça e da paz, irmanadas com os movimentos dos trabalhadores,
poderão deter a mão criminosa do imperialismo agressor.
Os Estados Unidos fazem
sistematicamente por meio dos ataques com os aviões não tripulados “drones”, na
fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, onde não poupam a vida das
populações civis. Os crimes cometidos causam a indignação dos democratas e
anti-imperialistas em todo o mundo e provocam reações até mesmo nos EUA.
Para realizar essas políticas, as
potências imperialistas se utilizam dos seus instrumentos de força. Ostentam o
poderio nuclear, instalam bases militares em todas as regiões, criam novas
armas de destruição em massa e escudos antimísseis e principalmente reforçam o
seu principal instrumento agressivo – a Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan).
Em 2010, a Otan realizou sua reunião
de cúpula em Lisboa, onde adotou nova doutrina estratégica. Na ocasião, o
Conselho Mundial da Paz participou de manifestação de massas organizada pelo
Conselho Português pela Paz e Cooperação, quando dezenas de milhares de pessoas
exigiram o desmantelamento dessa máquina de guerra.
Agora, no passado mês de maio, teve
lugar em Chicago mais uma reunião de cúpula dessa organização. Toda vez que a
Otan se reúne, os direitos democráticos dos povos, a segurança internacional e
a paz mundial são ameaçados.
O novo conceito estratégico é um passo
adiante para concretizar os planos intervencionistas do imperialismo. Mais uma
vez, estão em pauta a corrida aos armamentos, o investimento em novas armas e a
ampliação de sua rede mundial de bases militares.
A Otan, baseada no novo conceito
estratégico, agora intervém em qualquer região do mundo. Os pretextos para tais
intervenções são os mais variados, invocados de acordo com interesses
conjunturais e de longo prazo. Defender a “democracia”, os “direitos humanos”,
evitar “tragédias humanitárias”, afastar do poder “ditadores”, prevenir “o
terrorismo”, proteger o planeta de “ameaças ambientais” e defender-se de
“ataques cibernéticos”, entre outros, são os pretextos catalogados pelo novo
conceito estratégico da Otan para realizar intervenções militares.
O novo conceito estratégico mantém a
opção de utilizar as armas nucleares e assegura a permanência das instalações
nucleares dos Estados Unidos no território de outros países membros da Otan.
A cúpula de Chicago da Otan consagrou
o projeto de instalar na Europa novos sistemas de míssil com caráter ofensivo,
como o “escudo antimíssil” dos EUA.
Segundo o novo conceito estratégico, a
Otan estabelecerá as chamadas “parcerias” com países, organizações regionais e
internacionais. Entre outras regiões, pretende estabelecer pactos militares no
Atlântico Sul.
Companheiras e companheiros, queria
mencionar também o cenário latino-americano. A tendência principal na América
Latina continua sendo a do aprofundamento das conquistas democráticas e
patrióticas que se sucedem às vitórias políticas das forças progressistas em
muitos países.
O crescimento da lutas democráticas e
anti-imperialistas na América Latina e Caribe tem grande relevância para o
avanço da luta pela paz no mundo.
Diante de tão graves ameaças à
humanidade, são grandes os desafios que têm diante de si os que lutam pela paz
no mundo. É necessário enfrentar essas ameaças, organizar o levantamento dos
povos, opor-se aos planos militaristas e belicistas das grandes potências,
resistir e lutar, defender a paz, ampliar a resistência e a luta, reforçar o
movimento pela paz em todo o mundo, fortalecer o Conselho Mundial da Paz e os
movimentos anti-imperialistas.
Somente a luta dos povos porá fim à
ordem internacional iníqua e construirá o futuro de paz. Essas lutas confirmam
a necessidade de fortalecer o movimento pela paz, o CMP, em ação militante e
combativa e em aliança com os trabalhadores e todas as forças
anti-imperialistas. Desde Katmandu, reafirmamos aos povos do mundo a nossa
convicção de que o imperialismo não é invencível, será derrotado.
Muito obrigada,
Socorro Gomes
Katmandu, Nepal, 21 de julho de 2012
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