terça-feira, 16 de julho de 2013

"Mudanças no Brasil estão condicionadas às reformas estruturais"

Em mais uma edição do programa Palavra do Presidente, Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), avaliou a conjuntura, e pontuou que “ela faz parte da luta política, que nesse momento se exacerba. Nossa posição é de reforço contra a ofensiva da oposição. Não podemos deixar a população ao sabor do que a mídia publica”.

Joanne Mota, da 
Rádio Vermelho em São Paulo
Segundo Renato, atravessamos um momento em que o curso político é agudo. “Vivemos um momento em que a luta política é exacerbada, basta lembrar-se da forte campanha da oposição com o suposto apagão, em relação à Petrobras, sobre a inflação, entre outras. Todas essas encampadas pela chamada mídia conservadora”.

Para o dirigente comunista, com as manifestações, esse mesmo grupo procurou dirigir os descontentamentos contra a presidenta Dilma. “Deram o sentido político deles ao ritmo da disputa, ou seja, o responsável diretamente era a presidenta, em um esforço de construir uma conjuntura de ingovernabilidade”.

Ele acrescentou, “o mesmo grupo que cortou direitos dos trabalhadores, desmontou o Estado, conviveu com taxas de desemprego enormes, é o mesmo que hoje se levanta para criticar quem em uma década conseguiu reverter essa realidade. Essa comparação a grande mídia não faz”, ponderou o dirigente comunista.Saúde

Renato Rabelo frisou que iniciativas importantes estão em curso e destacou que a atual situação da saúde é fruto de decisões tomadas pelos que compõem a base da oposição. Ele se lembrou da postura assumida pela direita quando não aprovou, durante o governo Lula, a proposta que direcionava um percentual da CPMF para a saúde, o chamado imposto do cheque.

Renato destacou que se naquele momento essa proposta tivesse sido aprovada, hoje, a saúde estaria recebendo investimento na casa dos mais de 200 bilhões de reais. “Além do financiamento, o PCdoB observa outros problemas que ainda precisam ser vencidos nesse setor, mas com um financiamento maior a realidade seria outra. Problemas de estrutura e valorização também seriam superados”, externou. 

Ele acrescentou, “o mesmo grupo que cortou direitos dos trabalhadores, desmontou o Estado, conviveu com taxas de desemprego enormes, é o mesmo que hoje se levanta para criticar quem em uma década conseguiu reverter essa realidade. Essa comparação a grande mídia não faz”, ponderou o dirigente comunista.

Educação

A questão da Educação, “será que foi esse grupo do atraso que propôs ampliação dos recursos para a Educação? Ou será que foi a presidenta Dilma quem recebeu o movimento estudantil e apoiou a luta pela ampliação?”, questionou Renato. Nessa mesma linha, o presidente do PCdoB falou sobre a luta pela democratização dos meios de comunicação e reafirmou: “Essa é uma luta vital para a democracia e o PCdoB está na linha de frente dessa luta”.

Reforma Política

Sobre a luta pela realização da Reforma Política e sobre a proposta de plebiscito colocada pela presidenta Dilma Rousseff, Renato Rabelo lembrou que a proposta é uma resposta aos últimos acontecimentos. E lembrou que a proposta de plebiscito tem o respaldo de cerca de 70% da população. E acrescentou que “os partidos que compõem o Fórum são contra o referendo. Não queremos prato pronto, queremos debate”, disse Renato Rabelo.

Na oportunidade, o dirigente indicou que Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogas do Brasil (OAB) e as Centrais Sindicais já declaram que apoiam o plebiscito e estão envolvidos, junto com os partidos, na construção de um Projeto de Iniciativa Popular para exigir que o plebiscito seja convocado.

“Com o grupo formado, o passo será discutir o conteúdo do plebiscito, que envolverá duas questões básicas: financiamento público de campanha e o sistema eleitoral. O objetivo é construir junto com essas entidades uma plataforma comum em torno desta luta”, afirmou Renato.

Ouça a íntegra da reflexão na Rádio Vermelho:


Programa Palavra do Presidente

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