quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

COORDENADOR DO SIMDUPROM CONCEDE ENTREVISTA AO PROGRAMA CIDADE ALERTA E QUE LIÇÕES TERIA DEIXADO A GREVE DOS PROFESSORES DE TABIRA?


Por Dedé Rodrigues.

O Coordenador do SINDUPROM em entrevista ao Programa Cidade Alerta, dia 11 de fevereiro de 2013, fez duras críticas à postura do Prefeito Sebastião Dias em relação à primeira greve da educação no seu governo, defendeu o direito de greve da categoria, e instou o governo a negociação para que se cumpra e se vote a lei no município de 1\3 de aula atividade. Apesar de todo o constrangimento sofrido pela categoria, o fato importante é que podemos tirar alguns ensinamentos da primeira greve da categoria no Governo Sebastião Dias. 
 Este conflito entre a categoria e o gestor municipal se arrasta há bastante tempo.  Conforme Josenildo, Coordenador do SIMDUPROM foi feito um estudo desde o ano passado com todos envolvidos, inclusive com o Sr. Prefeito e, ele deu plena autonomia a secretária para ela resolver em nome dele. Conforme Josenildo “a secretária se comprometeu inclusive a fazer greve também se a lei não fosse cumprida”. 
  
Josenildo ainda disse que a lei é uma conquista da categoria por intermédio da luta que teve à frente a CNTE e seus sindicatos parceiros. Ele disse também que diversos municípios em Pernambuco, a exemplo de Santa Cruz do Capibaribe, já aprovaram esta lei.  

Questionado sobre os gastos da Prefeitura que não podem ultrapassar o que reza a Lei de Responsabilidade Fiscal e, por isto não haveria possibilidade da Prefeitura aumentar os gastos, ele disse que o Governo precisa explicar “o que é está fazendo 04 ônibus do Governo Federal parado na garagem?” Por que tantos contratos precários na Prefeitura?
    
Quanto a falta ou redução dos recursos federais que estavam impedindo também um aumento real para a categoria ele disse que “cada macaco no seu galho, a administração tem responsabilidade de lutar por mais recursos, se  junte com outros prefeitos e faça uma solicitação ao Governo Federal”.
Josenildo também concorda que a maioria das prefeituras, a exemplo de Tabira, não dão autonomia a secretaria de Educação. Para ele “há diversos casos de ônibus das prefeituras usados em Romaria de Padre Cícero e até para excussões em praias das capitais”.  Em outras palavras,  é o dinheiro público usado para outros fins.

O Coordenador do SINDUPROM também criticou o Prefeito Sebastião Dias pela postura incoerente com a sua história dizendo “quando ele era Vereador estava na linha de frente defendendo a categoria, agora desrespeita um direito de greve, telefonaram para os contratos precários intimando ou os ameaçando como se fazia durante o período da Ditadura Militar no Brasil”.

Perguntado se o Governo Municipal cumprisse uma promessa feita publicamente de “cortar na própria carne” para se adequar a LRF, Josenildo disse que não acredita que algum acordo seja cumprido com a quantidade de grupos políticos que fazem parte da administração. Mas, ao mesmo tempo, ele disse que é importante negociar e como sindicalista é uma coisa que tem sempre feito. “Vamos negociar até o último momento, eu espero que ele (o prefeito) retorne as suas origens e reflita sobre as suas ações”, finalizou.

Conclusão. A greve é um dos últimos recursos que uma categoria usa para lutar pelos seus direitos, porém ela é responsável também pelas principais conquistas históricas e trabalhistas nos últimos séculos.   A meu ver, a greve em Tabira não é e, nem deve se tornar, uma questão político partidária.  Pelo que eu conheço a categoria de professores de Tabira já tem a maturidade suficiente para compreender isto também. Porém, em qualquer governo, os trabalhadores só serão respeitados se estiverem organizados, unidos e lutarem pelos seus direitos

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