A presidenta Dilma Rousseff comentou neste sábado (22) que o papa Francisco concordou em gravar uma mensagem pela paz e contra o racismo para a Copa do Mundo deste ano, que será disputada no Brasil.
Imagem da campanha da Uefa contra o racismo no futebol
Dilma está na Itália neste fim de semana para acompanhar a proclamação do cardeal brasileiro dom Orani Tempesta, que ocorreu na manhã de hoje. A agenda da presidenta, que continuará na Europa , na semana que vem, também prevê sua participação na reunião de cúpula entre o Brasil e a União Europeia, em Bruxelas.
“Contei ontem [21] ao papa Francisco que a nossa Copa das Copas tem dois temas: Copa pela Paz e Copa contra o Racismo. O papa concordou em gravar uma mensagem neste sentido para a Copa das Copas. É uma forma de mostrar que o futebol, ao congregar centenas de nações, criar um espírito de fraternidade e despertar tanta emoção, também é o momento para defendermos a paz e nos manifestarmos contra o preconceito, causas que unem todos os povos e religiões”, disse a presidenta em sua conta na rede social Twitter.
Os dois temas aos quais a presidenta se referiu e pediu apoio ao papa Francisco têm sido motivo de polêmica em relação ao campeonato mundial que ocorrerá no Brasil em junho e julho deste ano. Em relação à paz, diversas manifestações têm sido convocadas em várias cidades para protestos contra a realização dos jogos e a falta de investimentos em áreas consideradas prioritárias e carentes no país, como a saúde e a educação. Quanto ao combate ao racismo, o tema ganhou atenção depois de o jogador de futebol Tinga ter sido vaiado enquanto a torcida imitava macacos durante partida da Copa Libertadores da América, na cidade de Huancayo, no Peru. O episódio repercutiu negativamente no meio internacional e levou autoridades a repudiaar o ato. O ministro do Esporte brasileiro, Aldo Rebelo, cobrou providências da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol).
O encontro de hoje entre a presidenta Dilma Rousseff e o papa Francisco é o terceiro desde que ele assumiu o pontificado, em março do ano passado. Após o encontro, Dilma conversou com os jornalistas e disse ter ficado feliz com a indicação do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, para cardeal.
“Acho que a escolha dele é merecida. Além de ser homem de fé, é pessoa com grande capacidade, solidariedade, que se interessa pelos movimentos sociais, pelos pobres.”
Fonte: Agência Brasi
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