segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Médica ou mercenária cubana?


Por Altamiro Borges

Depois de conseguir “asilo” junto aos escravocratas do DEM e de arrumar emprego numa entidade que sabota o programa “Mais Médicos”, a cubana Ramona Rodrigues agora pede uma indenização de R$ 149 mil ao estado brasileiro. A “doutora” dissidente, que até parece uma mercenária, ingressou na sexta-feira (14) com ação na Justiça reivindicando que o governo federal pague este valor absurdo pelo período em que trabalhou na cidade paraense de Pacajá. A ação foi proposta na Justiça do Pará, local onde prestou serviços por quatro meses. Ramona reivindica R$ 69 mil em salários e direitos trabalhistas e R$ 80 mil como indenização por “danos morais”.

Em sua ação eminentemente política, a médica cubana vem sendo orientada por parlamentares do DEM e por advogados da Associação Médica Brasileira. Segundo relato entusiasmado do Estadão, as suas iniciativas embasarão novas ações jurídicas e políticas contra o “Mais Médicos”. O objetivo é desgastar a iniciativa do governo Dilma, que conta com mais de 70% de aprovação popular e é visto como um trunfo para as eleições de outubro. Neste esforço de sabotagem, a oposição demotucana já conta com o apoio do procurador do Trabalho, Sebastião Vieira Caixeta, que na semana passada sugeriu a interrupção do programa que visa levar saúde às regiões mais carentes do país.

A deserção da médica cubana animou os inimigos do “Mais Médicos”. Como aponta o Estadão, estes estavam na defensiva diante da aprovação da iniciativa e “passaram a adotar postura mais discreta. Com o episódio Ramona Rodriguez e o registro de mais quatro casos de cubanos que abandonaram o programa, as entidades voltam à tona. O primeiro passo foi dado pela Associação Médica Brasileira, que resolveu contratar Ramona para serviços administrativos no escritório de Brasília. Ela vai receber R$ 3 mil mensais. O Conselho Federal de Medicina, por sua vez, anunciou a formação de uma ‘rede humanitária’ para auxiliar médicos cubanos que queiram sair do programa e trabalhar no país”.

Já os demos fazem palanque eleitoral com a deserção e os tucanos aproveitam para tentar alavancar Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB. Na retaguarda desta campanha, a velha mídia ressuscita os velhos fantasmas anticomunistas para atacar Cuba e a presidenta Dilma. Em editorial, o Estadão festejou mais uma vez a atitude de Ramona Rodrigues. O jornal oligárquico, inimigo declarado da Consolidação das Leis do Trabalho, chega ao desplante de afirmar que a contratação de médicos cubanos “viola direitos elementares que trabalhadores usufruem no Brasil desde a edição da CLT, em 1º de maio de 1943, no Estado Novo de Getúlio Vargas”. É muita caradura!

Para o Estadão, a anulação ao programa “Mais Médicos” deve ser prioridade absoluta. “Usado pelo PT no marketing da campanha política, o programa está a merecer uma devassa mais rigorosa da Justiça, pois parece ser ilegal e imoral”. Quanto aos milhões de brasileiros que não têm acesso a um médico e padecem de graves problemas na área da saúde, o Estadão, o restante da mídia e a oposição demotucana estão pouco se lixando

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