quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Olívia: O povo, o negro, o operário precisam de representação política

 

 

Dando sequência ao quadro “Eleições PCdoB 2014”, o Portal Vermelho entrevista nesta quarta-feira (20) a ex-vereadora de Salvador e candidata à deputada estadual na Bahia Olivia Santana. A comunista faz um balanço sobre a atual conjuntura política e comenta a sua trajetória no movimento social e institucional.

Laís Gouveia, da redação do Vermelho


Reprodução
 Olívia Santana é candidata a deputada estadual na Bahia Olívia Santana é candidata a deputada estadual na Bahia

Desde muito cedo, Olivia Santana percebeu o quanto a questão de classe interferia em sua vida. Nasceu em uma família humilde, sua mãe era lavadeira, seu pai marceneiro. Durante muitos anos, exerceu a profissão de faxineira e merendeira, quando conseguiu ingressar no ensino superior e iniciou sua trajetória política no movimento universitário, onde foi diretora do DCE da Universidade Federal da Bahia, (Ufba).
Compromisso com a educação

A dirigente seguiu seu caminho sempre ligada à área da educação, foi coordenadora pedagógica de escola, rompendo com espaços antes sempre dominados pela minoria branca, quebrando desta forma, estereótipos históricos. Olivia deixou seu cargo no colégio para assumir o mandato como vereadora em Salvador e sempre permaneceu ativa no movimento de educação. Em 2012, foi candidata a vice-prefeita: “Não ganhamos a eleição, mas obtivemos 45% dos votos. Uma eleição muito expressiva”. 

“O PCdoB me lançou como candidata nestas eleições a deputada estadual, me sinto honrada. A Bahia precisa ter a representação do seu povo, nos espaços parlamentares, o negro, o trabalhador. Não existe uma única mulher negra na Assembleia Legislativa da Bahia, precisamos mudar essa realidade com extrema urgência”, afirma.

Segundo a candidata, o governo Dilma tem colocado o Brasil no rumo das mudanças, mas precisa avançar mais, seguindo o caminho dos últimos 12 anos de governos progressistas. “Queremos um projeto de educação publica de qualidade para toda a população, em especial para a população negra, que sempre viveu apartada dos espaços do conhecimento, sofreu durante séculos com a escravidão e hoje representa 57% da população brasileira. Ultimamente, o Governo federal aprovou a política das cotas em universidades públicas a partir da decisão do Congresso Nacional, uma conquista!”.

“Outros ganhos para a educação foram estratégicos, como a partilha dos royalties do petróleo do Pré-Sal destinando de forma significativa recursos para a área. O novo Plano Nacional de Educação, que foi uma conquista do movimento social, que consagrou a meta dos 10% do PIB para futuros investimentos. Nos tempos de FHC, o modelo educacional era uma verdadeira deformação, como exemplo, uma das grandes reinvindicações do movimento social era a transformação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) que não foi acatado pelo governo neoliberal e só se tornou realidade quando Lula chegou ao poder”, diz.
O avanço na Bahia
Olivia afirma que na Bahia grandes avanços e mudanças foram realizados com o governo de Jaques Wagner .“ A parceria de sucesso do governador com a gestão federal conseguiu atrair para o estado cinco novas universidades públicas. Além disso, uma grande preocupação foi a reprodução dos programas nacionais, como o Luz Para Todos que levou energia para comunidades rurais e quilombolas que viviam até então à margem das políticas inclusivas. O Bolsa Família retirou da miséria milhares de baianos e o Minha Casa, Minha Vida possibilitou o acesso à moradia própria para a população de baixa renda. No que diz respeito à infraestrutura, oito mil quilômetros de estradas foram construídas nos últimos oito anos, o metrô finalmente começou a funcionar após anos de atraso, isso já era uma piada nacional. Essas ações são completamente distintas do completo sucateamento que a era do Carlismo deixou como legado para o povo baiano”.

A comunista acredita que para dar continuidade a esse projeto de históricos avanços na Bahia é preciso eleger Rui Costa (PT) para governador. ”Ele possui todos os atributos necessários progressistas para dar seguimento no rumo das mudanças para o povo baiano, pois essa turma da direita não possui o mínimo compromisso com as politicas sociais que transformam de fato a vida do povo”, conclui.



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