O imperativo da solidariedade na luta anti-imperialista
“Manifestamos a nossa repulsa contra o genocídio do qual é vítima o povo palestino, nas mãos de um Estado fundado sobre o despojo e a ocupação colonial dos territórios palestinos”, afirma o Manifesto em Defesa da Palestina, lançado pela Rede em Defesa da Humanidade, tendo como primeiro assinante o presidente da Bolívia, Evo Morales. O documento assinala ainda, entre outras coisas: "Reconhecemos e expressamos a nossa solidariedade com a heroica luta do povo palestino e das suas organizações de resistência, especialmente em Gaza, contra a tentativa de Israel de exterminá-lo e tomar dele as migalhas que sobraram do que já foi a sua pátria”.
O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, somou sua assinatura ao grupo de intelectuais e políticos que aderiram ao Manifesto. Entre as personalidades que o firmaram se encontram também o escritor Eduardo Galeano; o Prêmio Nobel, Adolfo Pérez Esquivel; o poeta cubano e presidente da Casa de las Américas, Roberto Fernández Retamar; a escritora norte-americana Alice Walker; os bispos Raúl Vera e Pedro Casaldáliga, o ativista brasileiro João Pedro Stédile e a também brasileira Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz.
O Manifesto “Em Defesa da Palestina” pede algo elementar aos governos do mundo. Que exijam o cumprimento pelo regime israelense das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, as quais o obrigam a retirar-se de Gaza, da Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Já foram acolhidas cerca de 350 mil adesões de artistas, acadêmicos, cientistas, advogados, jornalistas, professores, deputados, religiosos, médicos, estudantes, camponeses, operários, dirigentes sindicais, líderes e ativistas sociais, entre outros, e de organizações e instituições de mais de 50 países.
O Manifesto da Rede em Defesa da Humanidade é um brado de solidariedade, em defesa dos direitos inalienáveis do povo palestino, uma declaração de apoio integral à causa desse povo mártir, uma eloquente exigência de que Israel pare o genocídio e as ações criminosas contra a população da Faixa de Gaza, uma viva denúncia contra o governo de Israel ante a comunidade internacional e um incondicional apoio à luta pela criação do Estado Palestino independente.
São muitas as iniciativas dos movimentos sociais internacionais em apoio ao povo palestino, como a realização de maciças manifestações populares nas principais capitais da Europa, nos Estados Unidos, e na América Latina, inclusive no Brasil. Intensifica-se o movimento internacional pelo boicote, desinvestimento e sanções a Israel. É significativo o protesto no âmbito diplomático de governos progressistas contra este Estado usurpador e agressor que se atreve a violar o direito internacional.
Diante dos crimes de lesa-humanidade perpetrados pelos genocidas que se encontram no poder no Estado sionista, a solidariedade ao povo palestino é um imperativo da consciência para as forças anti-imperialistas, os amantes da paz e da liberdade e os defensores de genuínos valores humanistas.
Ante a demonstração de força, as provocações, agressões e ameaças à paz provenientes das potências imperialistas, os comunistas e demais forças de esquerda praticam o internacionalismo proletário, a solidariedade internacional, buscando mobilizar massas de milhões de pessoas numa luta que tem o caráter de salvação da humanidade.
A multiplicação de atividades internacionalistas e de ações de solidariedade ao povo palestino constitui na atualidade um dos deveres mais importantes das forças consequentes da esquerda. Uma luta que converge com a campanha eleitoral e os movimentos reivindicativos de caráter local.
As lutas pela paz, o combate à guerra imperialista, a solidariedade com os povos agredidos assumem neste contexto caráter revolucionário e são a um só tempo amplas e radicais. A luta anti-imperialista é uma das mais importantes frentes de combate da esquerda consequente.
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