O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que cinco oficiais da Aeronáutica foram detidos por planejarem um golpe de Estado. Segundo ele, o plano para derrubá-lo contava com o apoio de opositores e dos Estados Unidos.
EFE
"Desmantelamos um atentado golpista contra a democracia, contra a estabilidade da nossa pátria. Trata-se de uma nova tentativa de usar um grupo de oficiais da aviação militar para provocar um ato violento, um atentado, um ataque", afirmou Maduro, em declarações transmitidas na quinta-feira (12) pelo canal estatal Venezuelano.
O presidente disse ainda que a tentativa está relacionada com os protestos do ano passado, que começaram no dia 12 de fevereiro e seguiram até maio, deixando 43 mortos e centenas de feridos. Um ano depois, nesta quinta-feira, policiais e manifestantes voltaram a se enfrentar nas ruas da Venezuela. Os choques deixaram pelo menos três estudantes, quatro policiais e um militar feridos.
Maduro afirmou que as prisões dos conspiradores foram possíveis devido ao trabalho de inteligência de organismos de segurança do país. E que os oficiais agora estão declarando "tudo o que sabem" aos investigadores.
Segundo Maduro, um dos oficiais presos estava comprometido, desde o ano passado, com "grupos de ultradireita que buscavam gerar violência no país". O oficial teria feito contato com outros companheiros para executar ordem "traçada em Washington". A conspiração, disse Maduro, incluía ataques ao palácio do governo em Caracas e as sedes do Ministério da Defesa, do Interior e Justiça e do canal de televisão Telesur.
"Neste ano ele foi acionado, pagaram-lhe um valor importante em dólares, deram a ele várias tarefas e um visto americano com data de 3 de fevereiro. Disseram a ele na embaixada dos Estados Unidos que 'se isso não der certo, ele teria visto para entrar em qualquer de nossas fronteiras'", afirmou
Nesta sexta-feira (13), em um programa televisivo, o líder parlamentar, Diosdado Cabello assegurou que existiu a participação estadunidense e mostrou computadores, uniformes, telefones e pistolas para a operação, encontrados em buscas após o abortado golpe por "jovens oficiais que nos deram a informação necessária para fazer um trabalho de investigação mais ou menos extenso".
O também primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela perguntou por que o governo de Washington tenta intervir em "um país pequeno que não é perigo para ninguém e unicamente decidimos ser livres".
Com informações da Agência Deutsche Welle e da Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário