Em artigo publicado no Viomundo, o coordenador-geral do MST, João Pedro Stédile, rebateu o colunista de O Globo, Ricardo Noblat, e denunciou que “a burguesia e a direita” usam os meios de comunicação e o Congresso para “chantagear o governo e impor derrotas ao povo, pois não se conformam com o resultado eleitoral”.
Stédile destacou que a direita não quer reformas e usam os meios de comunicação para chantagear o governo
Noblat também havia criticando o ex-presidente Lula dizendo que ele está se tornando “uma forte ameaça à democracia” por ter conclamado o MST a ocupar as ruas contra a ameaça golpista da direita. “Lula é um líder popular, legitimado pelos movimentos populares em que se envolveu nos últimos 30 anos e pelas vitórias eleitorais de 2002 a 2014”, enfatizou Stédile. E completa: “Pedir pro povo ir à rua, incluindo os militantes do MST, faz parte de um direito legítimo e necessário para a democracia participativa”.
Stédile ressalta que os reacionários e a direita sempre tiveram medo da democracia participativa e das ruas. “Estamos vivendo um momento político em que a maioria da população votou na reeleição da Dilma. E votou com clara intenção de que deveria haver mudanças estruturais no país, para melhorar as condições de vida da população”, salientou o líder do MST, referindo-se as reformas como a tributária, política e educacional.
“A burguesia, as elites, a direita — eles não querem nenhuma reforma. Ao contrário, querem voltar às políticas neoliberais, como ficou claro no debate sobre a Petrobras ,nas propostas dos senadores José Serra e Aloysio Nunes”, pontuou. Os tucanos têm defendido abertamente a mudança do sistema de partilha da Petrobras para entrega ao capital internacional.
“Por tudo isso, o povo precisa ir às ruas para lutar pelas reformas, começando pela reforma política, única maneira de combater a causa da corrupção, que envolve a maioria dos políticos”, finaliza Stédile.
Fonte: Viomundo
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