O Padre Ednaldo esteve no dia 03 de março de 2015 na Escola Arnaldo Alves Cavalcanti conversando com os professores e com os pais de alunos. O Padre que está celebrando na paróquia de Tabira tem feito uma série de visitas a outras escolas também conversando com professores, pais e alunos sobre valores. Ele levanta uma série de problemas sociais que a família atual está enfrentando e tem dito, em outras palavras, que a palavra central que toda família precisa exercitar nos tempos de hoje é o diálogo.
O Padre Ednaldo, com suas palavras, tem dito nas escolas que o objetivo da sua visita é discutir valores que a a sociedade e a família atual estão perdendo. Hoje com a novas tecnologias, celular de última geração e o tal do whatsapp, o jovem, ao ver um colega com um celular mais novo que o seu, pede a mãe para comprar e, muitas delas, caem nesta armadilha do consumismo contemporâneo, e ficam endividadas permanentemente para tentar a agradar ao filho. Aonde vamos parar desse jeito? questiona.
O Padre fez uma retrospectiva histórica sobre a família apontando as diferenças da família do passado para a família do presente. Com outras palavras disse que a televisão, o computador e o celular, além de endividar muitas famílias, têm separado os filhos dos pais. Aproveitando este assunto Padre Ednaldo citou um caso que ocorreu com uma família de João Pessoa, Paraíba, “que está vivendo um inferno porque alguém pegou a foto de uma jovem desta família e colocou numa rede de prostituição”. Daí a importância dos pais abrirem um diálogo urgente e permanente com os seus filhos. “No passado a família almoçava e jantava junta, mas hoje, muitos pegam o prato vão para a frente da televisão, do computador ou não largam do celular enquanto estão comendo”. Disse ele. “Tem pessoas de família conversando pelo celular, estando os dois no mesmo recinto”. Afirmou ele. Cadê o toque de amor? O carinho? O diálogo? Tudo agora tem que ser pelo celular? Acrescento eu, as suas palavras.
O Padre citou também casos de suicídios de jovens em Tabira, afirmando que alguém pode perguntar: o que temos a ver com isto? Para ele: “hoje o problema aconteceu com o filho de outra família, amanhã pode acontecer com o seu filho”. E, ainda, segundo ele, “como estes também são problemas sociais, toda comunidade deve se preocupar com eles, a exemplo da corrupção, da violência etc”.
Merece elogios a iniciativa do Padre Ednaldo, pois estes desafios que a família enfrenta hoje, a escola também está enfrentando. Se é verdade, que a maior parte do tempo dos nossos filhos é conosco, cerca de 20 horas por dia, as outras quatro horas que eles ficam com os professores levam os problemas da sociedade para dentro da sala de aula. O Padre tem razão quando diz que “o jovem de hoje não é mais aquele do passado. Educar hoje, é principalmente, por intermédio do diálogo e do amor”. Já foi o tempo que “bater nos filhos” era considerado um método educativo. E acrescento também: já foi o tempo da palmatória, dos castigos de alunos ajoelhados em cima de caroço de milho e as expulsões arbitrárias de discentes das escolas . Se os tempos mudaram, se os nossos jovens não são mais aqueles do passado, os pais e os professores precisam mudar também.
Só gostaria de emitir uma opinião sobre os problemas sociais que afetam a família, a escola e as outras instituições atuais. Para mim, estes problemas que afetam os nossos valores, estão relacionados ao modelo de sociedade que foi construído pelo próprio homem, o capitalismo. É este modelo que está em cheque, que precisa ser alterado, substituído. A ambição desmedida de que só vale quem tem, na qual, o ter é muito mais importante que o ser, é que está levando o homem a destruir tudo. É preciso discutir um novo paradigma social, no qual, a distribuição de renda, a solidariedade e a valorização de quem de fato produz a riqueza, mas recebe muito pouco dela, seja a tônica deste novo modelo social. Para mim o caminho para este novo modelo de sociedade está sendo traçado por aqueles, homens e mulheres, partidos políticos e instituições sociais que defendem os valores da família, mas também, uma democracia mais participativa no Brasil.
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