terça-feira, 3 de março de 2015

A GRANDE MÍDIA ESCONDEU ESCÂNDALOS HISTÓRICOS NO BRASIL



Por Dedé Rodrigues

A coluna Notas Vermelhas rebatendo afirmações da Jornalista Vera da Folha que disse que é impossível para a mídia encobrir grandes escândalos publicou uma série deles que é indispensável para os leitores que desejam ficar bem informados. A matéria que rebateu a jornalista começa dizendo: Uma lista para Vera. E em seguida afirma: 

"A ombudsman da Folha alega, como vimos, que é impossível para a mídia encobrir grandes escândalos. Vamos então lembrar apenas alguns dos que foram abafados": Aspas nossa. 

1) Escândalo da tortura - A tortura e o assassinato de opositores do regime militar no Brasil da segunda metade da década de 60 e na década de 70 do século passado eram assuntos de conhecimento público, inclusive no exterior, que durante anos foram abafados pela nossa mídia e no caso da Folha de S. Paulo chegou ao ponto de o jornal emprestar seus carros de reportagens para transportar presos políticos rumo à tortura.

2) Escândalo SIVAM - Logo no início da gestão de FHC, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Depois de um tempo nada mais se falava no assunto com o silêncio cúmplice da mídia hegemônica.

3) Escândalo da Pasta Rosa - Em agosto de 1995 eclodiu a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. Uma pasta rosa que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo banco Econômico sequer foi averiguada. O escândalo terminou em pizza com o silêncio cúmplice da mídia hegemônica.

4) Escândalo da Telebrás - Grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Nada se apurou sob o caso. A mídia ficou quietinha.

5) Escândalo da venda da Vale – A Vale do Rio Doce foi vendida em 1996 por R$ 3,3 bilhões, quando seu valor de mercado era de mais de R$ 100 bilhões. Quem financiou a compra em condições excepcionalmente boas foi o BNDES. Trocando em miúdos, o governo da época vendeu um bem público por um preço aviltado e ainda financiou o negócio. Em 2006 a juíza Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, julgando um pedido de reabertura do caso sobre a privatização da Vale, considerou pertinente uma nova investigação sobre ocorrido e escreveu: “A verdade histórica é que as privatizações ocorreram, em regra, a preços baixos e os compradores foram financiados com dinheiro público”. A posição da juíza foi referendada pela 5ª turma do TRF, mas a mídia não transformou estes juízes em heróis, pelo contrário, abafou o caso, que deu em nada.

6) Escândalo da privataria – A privataria tucana já foi objeto de investigações de jornalistas e pesquisadores que trazem provas irrefutáveis sobre como a corrupção foi um fator dominante no processo, desviando bilhões de reais dos cofres público. Nada foi investigado. A mídia abafou e abafa até hoje.

Tá bom Vera? Se quiser mais exemplos mande um email.

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