segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Argentina começa ano letivo com 3 milhões de crianças sem aula


É na Argentina, mas poderia ser São Paulo de Geraldo Alckmin, onde a educação pública está sucateada há anos. Na terra de Mauricio Macri o projeto neoliberal já mostra os mesmos resultados: o ano letivo começou nesta segunda-feira (29), mas oito regiões do país os professores estão paralisados devido à falta de acordo na negociação salarial. 


Divulgação / Casa Rosada
Sem negociação, mais de 3 milhões de crianças ficam sem aula no interior do paísSem negociação, mais de 3 milhões de crianças ficam sem aula no interior do país
Embora na província com mais número de alunos, Buenos Aires, e também na capital federal as aulas tenham iniciado normalmente, devido ao acordo alcançado entre os governos provinciais, federal e os sindicatos, cerca de três milhões de alunos, aproximadamente 1/3 da população em idade escolar, terão as atividades adiadas.


Os professores do interior do país argumentam que o governo do presidente Maurício Macri está demorando para fechar a ata com a proposta salarial e que as negociações provinciais estão atrasadas. Os sindicatos demandam aumentos que variam entre 30% e 50%.

Já o ministro de Educação, Esteban Bullrich, considerou que não foi “um bom gesto” de alguns sindicatos provinciais de “terem votado a paralisação antes do fim da negociação nacional” e disse estar “satisfeito” com o acordo alcançado.

Buenos Aires

Em Buenos Aires, onde as aulas começaram normalmente, o governo provincial, comandado pela macrista María Eugenia Vidal, acordou um aumento de 35% para os professores, sendo que a província assumirá 25%, e o governo nacional, 10%.

A oferta do governo bonaerense contempla um salário inicial de 7.904 pesos (cerca de R$ 2 mil) em fevereiro, chegando a 9.801 pesos (cerca de R$ 2,5 mil) em julho. Já a Cidade de Buenos Aires fixou um montante de 11.372 pesos (R$ 2,9 mil) a partir de agosto.

Macri queria fechar a negociação no teto máximo de 25% para conter o avanço da inflação, mas o estabelecido em Buenos Aires abre um precedente para que as demais províncias não aceitem acordos menores que 35%.


Do Portal Vermelho, com Opera Mundi

Nenhum comentário:

Postar um comentário