O conceito e a experiência prática dos Pontos de Cultura desenvolvidos no Brasil irão servir de referência para a construção de um projeto de formação cidadã liderado pelo Papa Francisco que pretende alcançar 200 milhões de jovens em 20 anos. No último dia três de fevereiro, o historiador Célio Turino, um dos criadores dos Pontos de Cultura, esteve no Vaticano para firmar um convênio com a Fundação Pontifícia de Scholas Occurrentes, instituída pelo pontífice da Igreja Católica.
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Célio Turino, um dos criadores dos Pontos de Cultura, esteve no Vaticano para firmar convênio com a Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes, criada pelo Papa Francisco
As Scholas Occurrentes são uma organização internacional criada em 2013 para fomentar a cultura do encontro pela paz por meio da arte, esporte e tecnologia. Elas estão presentes em 82 países, entre eles o Brasil, tendo sedes no Vaticano, Argentina, Espanha, Paraguai e Moçambique.
"A mirada deles ainda é mais institucional, vinculadas às escolas. O que eles buscam é essa mirada mais comunitária e de articulação em rede que os Pontos de Cultura têm", explica Turino, agregando que o projeto também se inspira e busca incluir outras organizações e experiências dessa natureza, para além dos Pontos de Cultura.
O convênio faz parte de um projeto audacioso liderado pelo Papa Francisco cuja meta é formar, em todo o mundo, 10 milhões de Agentes Jovens de Cultura Cidadã, que receberiam bolsas no valor médio de US$ 150 mensais ou US$ 1,8 mil por ano. O compromisso desses jovens seria, ao longo de um ano, passar por um processo de aprendizagem de 24 horas semanais, sendo 12 horas de formação específica e 12 horas de trabalho comunitário.
Pedagogias inovadoras
Para tanto, o processo de formação ocorreria em 200 mil Pontos de Encontro, cada um ao custo médio anual de US$ 45 mil, que trabalhariam pedagogias inovadoras cruzando arte, cultura e educação, sempre tendo a autonomia, o protagonismo e o empoderamento social como princípios fundamentais – tal qual os Pontos de Cultura. Por fim, o projeto almeja promover encontros criativos entre os jovens formados nas diferentes partes do mundo.
Para financiar o projeto, o Vaticano buscará apoio de instituições públicas e privadas, abordando diretamente chefes de Estado e das Forças Armadas de países de todo o mundo. De acordo com Turino, o Papa propõe um projeto desta magnitude vislumbrando impacto quantitativo e também qualitativo para uma "necessária virada civilizatória". Não por acaso, recorre às comparações com os gastos militares para demonstrar a viabilidade do projeto. "O gasto militar no mundo hoje é de US$ 1,8 trilhão. Precisamos de 1,5% desse valor. O mundo se acostumou a achar normal que o jovem doe um ano da vida em formação militar. Queremos também naturalizar uma formação cidadã", defendeu.
O convênio
O convênio estabelecido com a Scholas Occurrentes prevê inicialmente a sistematização de 12 experiências emblemáticas latino-americanas, de natureza comunitária, que já trabalham a formação cidadã. As entidades selecionadas se reunirão entre maio e junho deste ano em Medelín, na Colômbia, e terão suas histórias contadas em livro e em um documentário a ser produzido pelo cineasta Silvio Tendler. O prazo inicial da parceria é de três anos.
Para 2017, o convênio prevê a realização do Encontro da Harmonia, um congresso mundial de arte-educação no Vaticano, para o qual serão convidados líderes de outras religiões e chefes de Estado.
"A mirada deles ainda é mais institucional, vinculadas às escolas. O que eles buscam é essa mirada mais comunitária e de articulação em rede que os Pontos de Cultura têm", explica Turino, agregando que o projeto também se inspira e busca incluir outras organizações e experiências dessa natureza, para além dos Pontos de Cultura.
O convênio faz parte de um projeto audacioso liderado pelo Papa Francisco cuja meta é formar, em todo o mundo, 10 milhões de Agentes Jovens de Cultura Cidadã, que receberiam bolsas no valor médio de US$ 150 mensais ou US$ 1,8 mil por ano. O compromisso desses jovens seria, ao longo de um ano, passar por um processo de aprendizagem de 24 horas semanais, sendo 12 horas de formação específica e 12 horas de trabalho comunitário.
Pedagogias inovadoras
Para tanto, o processo de formação ocorreria em 200 mil Pontos de Encontro, cada um ao custo médio anual de US$ 45 mil, que trabalhariam pedagogias inovadoras cruzando arte, cultura e educação, sempre tendo a autonomia, o protagonismo e o empoderamento social como princípios fundamentais – tal qual os Pontos de Cultura. Por fim, o projeto almeja promover encontros criativos entre os jovens formados nas diferentes partes do mundo.
Para financiar o projeto, o Vaticano buscará apoio de instituições públicas e privadas, abordando diretamente chefes de Estado e das Forças Armadas de países de todo o mundo. De acordo com Turino, o Papa propõe um projeto desta magnitude vislumbrando impacto quantitativo e também qualitativo para uma "necessária virada civilizatória". Não por acaso, recorre às comparações com os gastos militares para demonstrar a viabilidade do projeto. "O gasto militar no mundo hoje é de US$ 1,8 trilhão. Precisamos de 1,5% desse valor. O mundo se acostumou a achar normal que o jovem doe um ano da vida em formação militar. Queremos também naturalizar uma formação cidadã", defendeu.
O convênio
O convênio estabelecido com a Scholas Occurrentes prevê inicialmente a sistematização de 12 experiências emblemáticas latino-americanas, de natureza comunitária, que já trabalham a formação cidadã. As entidades selecionadas se reunirão entre maio e junho deste ano em Medelín, na Colômbia, e terão suas histórias contadas em livro e em um documentário a ser produzido pelo cineasta Silvio Tendler. O prazo inicial da parceria é de três anos.
Para 2017, o convênio prevê a realização do Encontro da Harmonia, um congresso mundial de arte-educação no Vaticano, para o qual serão convidados líderes de outras religiões e chefes de Estado.
Fonte: MinC
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