Um consórcio internacional de cientistas confirmou nesta quinta-feira (11) a detecção de ondas gravitacionais, previstas pelo físico Albert Einstein há cem anos, mas até agora nunca antes observadas. A descoberta, possivelmente a mais importante da física em um século, promete jogar nova luz sobre o entendimento humano do universo.
Grafite com o rosto do cientista Albert Einstein em Hamburgo, Alemanha
"Senhoras e senhores! Nós detectamos ondas gravitacionais, nós conseguimos!", declarou David Reitze, diretor do projeto LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory), em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (11), em Washington.
“Estas ondas gravitacionais foram produzidas por dois buracos negros em colisão, [que] se aproximaram, se fundiram e formaram um único buraco negro cerca de 1,3 bilhão de anos atrás”, explicou Reitze.
Basicamente, o que os pesquisadores encontraram foram certas distorções no tecido do espaço-tempo, as quais constituíam uma das variáveis mais importantes na Teoria da Relatividade Geral. Os astrônomos procuram detectar o fenômeno há décadas, e estavam bastante seguros a respeito de sua existência.
De acordo com a teoria de Einstein, publicada em 1916, a gravidade é uma força de atração que age distorcendo o tecido do espaço-tempo, de modo que interações gravitacionais muito fortes e muito rápidas seriam capazes de produzir ondas, assim como a luz é uma onda proveniente da interação eletromagnética entre dois objetos.
A detecção de ondas gravitacionais, porém, requer aparelhos capazes de detectar oscilações muito mais sutis do que a luz. O LIGO, formado por dois enormes detectores de cerca de 4 km de extensão – um localizado no estado norte-americano de Washington e o outro em Louisiana –, foi construído justamente para detectar vibrações minúsculas causadas pela passagem de ondas gravitacionais.
Acredita-se que a capacidade de analisar informações transportadas em ondas gravitacionais pode fornecer mais detalhes sobre o Big Bang e outros eventos violentos da história do Universo, além de ajudar a explorar a possibilidade de existência de outros universos, bem como o que existe dentro de buracos negros e, até mesmo, potencialmente abrir o caminho para viagens no tempo.
"Digamos assim: a primeira descoberta de ondas gravitacionais é um empreendimento digno de vencer o Prêmio Nobel”, afirma o físico Bruce Allen, do Instituto Max Planck de Física Gravitacional em Hannover, na Alemanha, citado pela RT.
O projeto, estimado em US$ 620 milhões, foi uma iniciativa conjunta do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e contou com a participação de especialistas de vários países.
Segundo Pavel Ivanov, doutor em Ciências Físicas e Matemáticas citado pela RT, os cientistas russos contribuíram maciçamente para a descoberta, com destaque para o cientista soviético Yakov Zeldovich e para o membro da Academia Russa de Ciências Vladimir Braginsky, que vem trabalhando com suas equipes no desenvolvimento de detectores para o LIGO.
No Brasil, físicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do IFT-Unesp (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista) também participaram do projeto.
Fonte: Sputnik
“Estas ondas gravitacionais foram produzidas por dois buracos negros em colisão, [que] se aproximaram, se fundiram e formaram um único buraco negro cerca de 1,3 bilhão de anos atrás”, explicou Reitze.
Basicamente, o que os pesquisadores encontraram foram certas distorções no tecido do espaço-tempo, as quais constituíam uma das variáveis mais importantes na Teoria da Relatividade Geral. Os astrônomos procuram detectar o fenômeno há décadas, e estavam bastante seguros a respeito de sua existência.
De acordo com a teoria de Einstein, publicada em 1916, a gravidade é uma força de atração que age distorcendo o tecido do espaço-tempo, de modo que interações gravitacionais muito fortes e muito rápidas seriam capazes de produzir ondas, assim como a luz é uma onda proveniente da interação eletromagnética entre dois objetos.
A detecção de ondas gravitacionais, porém, requer aparelhos capazes de detectar oscilações muito mais sutis do que a luz. O LIGO, formado por dois enormes detectores de cerca de 4 km de extensão – um localizado no estado norte-americano de Washington e o outro em Louisiana –, foi construído justamente para detectar vibrações minúsculas causadas pela passagem de ondas gravitacionais.
Acredita-se que a capacidade de analisar informações transportadas em ondas gravitacionais pode fornecer mais detalhes sobre o Big Bang e outros eventos violentos da história do Universo, além de ajudar a explorar a possibilidade de existência de outros universos, bem como o que existe dentro de buracos negros e, até mesmo, potencialmente abrir o caminho para viagens no tempo.
"Digamos assim: a primeira descoberta de ondas gravitacionais é um empreendimento digno de vencer o Prêmio Nobel”, afirma o físico Bruce Allen, do Instituto Max Planck de Física Gravitacional em Hannover, na Alemanha, citado pela RT.
O projeto, estimado em US$ 620 milhões, foi uma iniciativa conjunta do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e contou com a participação de especialistas de vários países.
Segundo Pavel Ivanov, doutor em Ciências Físicas e Matemáticas citado pela RT, os cientistas russos contribuíram maciçamente para a descoberta, com destaque para o cientista soviético Yakov Zeldovich e para o membro da Academia Russa de Ciências Vladimir Braginsky, que vem trabalhando com suas equipes no desenvolvimento de detectores para o LIGO.
No Brasil, físicos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do IFT-Unesp (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista) também participaram do projeto.
Fonte: Sputnik
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