Por Altamiro Borges
Mesmo sem ter arquivado a desgastada tese golpista do impeachment, o PSDB aposta agora na tática de "sangrar" Dilma e "matar" Lula e acrescenta um novo item: "extinguir" o PT. Na semana passada, o líder dos tucanos na Câmara Federal, o "general" Carlos Sampaio, protocolou uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) na qual pede que o partido vitorioso nas quatro últimas eleições presidenciais seja proibido de participar de futuros pleitos. A ação autoritária e desesperada lembra o ato institucional da ditadura militar que extinguiu as siglas existentes antes do golpe de 1964. A cada dia que passa, o PSDB tira a máscara de democrata e assume o papel de uma seita fascistoide!
Estes e outros absurdos confirmam a falsa ética dos tucanos - mais sujos do que pau de galinheiro. O PSDB nunca teve compromisso com o combate à corrupção - que o diga o engavetador-geral do triste reinado de FHC. Seu falso moralismo revela, na verdade, o medo das urnas da democracia. Daí a tática de "sangrar" Dilma, "matar" Lula e "extinguir" o PT. O patético "general" Carlos Sampaio é o porta-voz desta orquestração golpista e covarde. Para encerrar, leia abaixo a nota da direção nacional do PT e o artigo do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) sobre a nova investida autoritária dos tucanos.
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Resposta ao factoide do PSDB
As contas de 2006 a que o PSDB se refere na ação foram aprovadas pelo TSE. Assim, o que o jurídico dos tucanos faz agora é mais um factoide. Mais uma atitude antidemocrática daqueles que não aceitam as sucessivas derrotas eleitorais. O Partido dos Trabalhadores é maior do que tudo isso. Seguiremos em frente. Eles não passarão!
Rui Falcão – presidente nacional do PT”
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Por que Sampaio não pede a extinção do PSDB?
Mesmo sem ter arquivado a desgastada tese golpista do impeachment, o PSDB aposta agora na tática de "sangrar" Dilma e "matar" Lula e acrescenta um novo item: "extinguir" o PT. Na semana passada, o líder dos tucanos na Câmara Federal, o "general" Carlos Sampaio, protocolou uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) na qual pede que o partido vitorioso nas quatro últimas eleições presidenciais seja proibido de participar de futuros pleitos. A ação autoritária e desesperada lembra o ato institucional da ditadura militar que extinguiu as siglas existentes antes do golpe de 1964. A cada dia que passa, o PSDB tira a máscara de democrata e assume o papel de uma seita fascistoide!
O pedido de extinção do PT teve como base a "delação premiada" e premeditada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, que afirmou que a legenda recebeu R$ 50 milhões em propina de Angola na campanha pela reeleição de Lula em 2006. "Esse é um crime que não tem sua prescrição prevista em lei. O que está em jogo não é o ex-presidente, mas sim o recebimento por parte do PT de recursos do exterior... A lei veda e a Constituição veda também que recursos do exterior abasteçam campanhas no Brasil, o que é uma ofensa à soberania nacional e à independência dos partidos. Qual a consequência disso? É a extinção do partido, porque ele perde o registro", rosnou o "general" Carlos Sampaio, que adora se travestir de paladino da ética, mas carrega inúmeras suspeições na sua carreira política.
O curioso é que na mesma "delação premiada", o mafioso Nestor Cerveró também implicou o ex-presidente FHC. "De acordo com o ex-diretor, a aquisição do conglomerado de energia argentino PeCom (Pérez Companc) pela Petrobras envolveu propina de US$ 100 milhões ao governo de FHC (1995-2002)", relatou a Folha tucana, sem dar o mesmo realce à denúncia. "Questionado se o PSDB considerava a delação de Cerveró confiável, por ele ter envolvido também FHC em suas denúncias, Sampaio afirmou que tudo o que foi dito pelo delator deve ser investigado". Será que o líder tucano vai pedir a extinção do seu próprio partido? O valor da sua propina externa inclusive foi bem maior!
O moralista sem moral também poderia aproveitar para sugerir à mídia amiga mais imparcialidade e menos seletividade na apuração de denúncias contra o PSDB. Na semana retrasada, "o juiz substituto da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Vitor Barbosa Valpuesta, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal sobre pagamento de propina da empresa holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras e confirmou que casos de corrupção na estatal começaram por volta de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)", descreveu o site do Jornal do Brasil. O restante da mídia, porém, não deu maior destaque à decisão e simplesmente já arquivou o assunto.
Estes e outros absurdos confirmam a falsa ética dos tucanos - mais sujos do que pau de galinheiro. O PSDB nunca teve compromisso com o combate à corrupção - que o diga o engavetador-geral do triste reinado de FHC. Seu falso moralismo revela, na verdade, o medo das urnas da democracia. Daí a tática de "sangrar" Dilma, "matar" Lula e "extinguir" o PT. O patético "general" Carlos Sampaio é o porta-voz desta orquestração golpista e covarde. Para encerrar, leia abaixo a nota da direção nacional do PT e o artigo do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) sobre a nova investida autoritária dos tucanos.
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Resposta ao factoide do PSDB
As contas de 2006 a que o PSDB se refere na ação foram aprovadas pelo TSE. Assim, o que o jurídico dos tucanos faz agora é mais um factoide. Mais uma atitude antidemocrática daqueles que não aceitam as sucessivas derrotas eleitorais. O Partido dos Trabalhadores é maior do que tudo isso. Seguiremos em frente. Eles não passarão!
Rui Falcão – presidente nacional do PT”
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Por que Sampaio não pede a extinção do PSDB?
Por Paulo Teixeira
É impressionante. Tanta coisa importante para ser feita e o tucanato continua fazendo de tudo para atrapalhar o Brasil. Quando a gente acha que a oposição de direita recobrou o juízo, depois de passar mais de um ano batendo na tecla do golpe, pumba: vem o Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, e inventa mais uma novidade para aparecer na mídia e tentar interditar o governo. Agora seu desespero ganhou a forma de uma representação protocolada por ele na Procuradoria-Geral Eleitoral, em Brasília, pedindo o cancelamento do registro partidário do PT, com base no depoimento de Cerveró (o mesmo que isentou Dilma e Lula de envolvimento nos episódios investigados).
Inconformado com a derrota nas urnas em 2014 (e olha que já estamos em 2016...), o deputado tucano investiu seu tempo pedindo a recontagem dos votos e, em seguida, a impugnação da eleição (como se a escolha de 54 milhões de eleitores pudesse ser desrespeitada a seu bel-prazer), tentou emplacar mais de uma denúncia de improbidade contra a presidenta Dilma (todas vazias), buscou o STF para que voltasse atrás em sua decisão sobre o rito do impeachment, e agora ressurge com essa pérola.
A desorientação do ilustre deputado é notória, assim como sua afeição por gerar e alimentar factóides. “Carlos Sampaio faz o que faz porque sabe que suas chantagens darão notícia, por mais estapafúrdias”, escreveu o jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, ainda em dezembro de 2014.
Vale a pena aproveitar o início do ano para tentar melhorar o senso de localização de Carlos Sampaio. Um bom começo, na minha opinião, é lembrá-lo que o mesmo Cerveró em cuja delação ele se fia para pedir a cassação do registro do PT citou propina de US$ 100 milhões ao governo FHC.
Dólares, note bem, e não reais: o equivalente, hoje, sem contar a inflação, a pelo menos R$ 400 milhões. Também seria oportuno lembrá-lo das acusações feitas a seu amigo Eduardo Cunha, uma por uma. Curioso que Carlos Sampaio não tenha ido à Procuradoria-Geral Eleitoral para pedir a cassação do registro do PSDB, nem do mandato de Cunha. Vai entender...
* Paulo Teixeira é deputado federal (PT-SP) e vice-líder do governo na Câmara dos Deputados
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É impressionante. Tanta coisa importante para ser feita e o tucanato continua fazendo de tudo para atrapalhar o Brasil. Quando a gente acha que a oposição de direita recobrou o juízo, depois de passar mais de um ano batendo na tecla do golpe, pumba: vem o Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, e inventa mais uma novidade para aparecer na mídia e tentar interditar o governo. Agora seu desespero ganhou a forma de uma representação protocolada por ele na Procuradoria-Geral Eleitoral, em Brasília, pedindo o cancelamento do registro partidário do PT, com base no depoimento de Cerveró (o mesmo que isentou Dilma e Lula de envolvimento nos episódios investigados).
Inconformado com a derrota nas urnas em 2014 (e olha que já estamos em 2016...), o deputado tucano investiu seu tempo pedindo a recontagem dos votos e, em seguida, a impugnação da eleição (como se a escolha de 54 milhões de eleitores pudesse ser desrespeitada a seu bel-prazer), tentou emplacar mais de uma denúncia de improbidade contra a presidenta Dilma (todas vazias), buscou o STF para que voltasse atrás em sua decisão sobre o rito do impeachment, e agora ressurge com essa pérola.
A desorientação do ilustre deputado é notória, assim como sua afeição por gerar e alimentar factóides. “Carlos Sampaio faz o que faz porque sabe que suas chantagens darão notícia, por mais estapafúrdias”, escreveu o jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, ainda em dezembro de 2014.
Vale a pena aproveitar o início do ano para tentar melhorar o senso de localização de Carlos Sampaio. Um bom começo, na minha opinião, é lembrá-lo que o mesmo Cerveró em cuja delação ele se fia para pedir a cassação do registro do PT citou propina de US$ 100 milhões ao governo FHC.
Dólares, note bem, e não reais: o equivalente, hoje, sem contar a inflação, a pelo menos R$ 400 milhões. Também seria oportuno lembrá-lo das acusações feitas a seu amigo Eduardo Cunha, uma por uma. Curioso que Carlos Sampaio não tenha ido à Procuradoria-Geral Eleitoral para pedir a cassação do registro do PSDB, nem do mandato de Cunha. Vai entender...
* Paulo Teixeira é deputado federal (PT-SP) e vice-líder do governo na Câmara dos Deputados
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