A China anunciou nesta terça-feira (5) uma importante ação diplomática no ano de 2015: o presidente Xi Jinping vai participar da cerimônia comemorativa do 70º aniversário da vitória da Grande Guerra Patriótica, a ser realizada em Moscou. Além de visitar a Rússia, ele também estará no Cazaquistão e na Belarus.
Reuters
Presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping
"É um sinal muito importante para a China e para a Rússia, dois países que foram os principais campos de batalha na Ásia e na Europa e ajudaram a vencer a Segunda Guerra Mundial. É o momento de memorizarem a história, homenagearem os mártires, estimarem a paz e criarem o futuro, junto com a comunidade internacional", estimou artigo publicado nesta quarta no Diário do Povo, órgão do PC da China.
Trata-se também de uma ação importante para aprofundar a cooperação bilateral da China com os três países, introduzir o novo impulso na construção do cinturão econômico da rota da seda e promover o desenvolvimento comum regional.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o dia 9 de maio é a festa "mais esplendida e mais gloriosa" da Rússia. “Embora 70 anos já tenham se passado, o povo continua a manter a paixão pela vitória, a admiração pelo espírito forte daquela geração e a estima pela vida, ” afirmou Putin, que revelou a conotação espiritual da cerimônia russa.
Na guerra mundial antifascista, a União Soviética acabou com o mito de “invencível” da Alemanha Nazista, com a perda enorme de 27 milhões de vidas. A dignidade e a autoconfiança trocadas pela vitória foram derretidas no sangue dos povos soviéticos, tornando-se uma memória e um espírito indeléveis. A participação do presidente Xi Jinping transmitirá o grande respeito do povo chinês às façanhas imortais criadas pelo povo soviético na Segunda Guerra Mundial, além de refletir a vontade sincera da China de preservar a paz e construir o futuro em conjunto com todo o mundo.
Na luta contra o fascismo, os povos chineses e soviéticos fizeram uma profunda união de sangue, formando uma sólida amizade entre os dois lados. Como campo de batalha principal na Ásia, a China desenvolveu o combate contra o militarismo japonês. O sacrifício mais pesado, e a condição mais difícil, desviando efetivamente a força japonesa para apoiar os aliados no campo do Pacífico.
Ao mesmo tempo, a União Soviética contribuiu muito para a vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa. Durante a Guerra, a União Soviética mandou mais de 2 mil voluntários da força aérea para participarem das lutas aéreas de proteção das cidades chinesas como Nanquim, Wuhan, Chongqing, Chengdu e Lanzhou. Na fase final da guerra contra o Japão, a União Soviética mandou o Exército Vermelho ao nordeste da China, para derrotar a Força Japonesa Kwantung, perdendo assim cerca de 10 mil vidas dos soldados soviéticos.
2015 marca o 70º aniversário da Segunda Guerra Mundial, um ano importante para se lembrar da história. A história deve ser tratada corretamente e a justiça deve ser promovida. Somente com o reconhecimento da história e das responsabilidades, os países que iniciaram a guerra podem ser tolerados e aceitos pela comunidade internacional e poderão contribuir verdadeiramente para o desenvolvimento pacífico do mundo.
As relações de parceria estratégica global entre a China e a Rússia estão mantendo um desenvolvimento em alto nível e os dois países estão aprofundando as cooperações em vários setores, tais como o desenvolvimento comum, manutenção da paz e estabilidade mundial, entre outros.
Em setembro de 2013, o presidente chinês Xi Jinping apresentou, pela primeira vez, a proposta do cinturão econômico da Rota da Seda durante sua visita ao Cazaquistão. Mais de um ano depois, Xi Jinping visitou novamente o Cazaquistão. Tratou-se do primeiro chefe de Estado estrangeiro a visitar o país desde o presidente Nursultan Abichevich Nazarbayev ter sido reeleito, o que mostrou o nível alto das relações entre China e Cazaquistão.
Depois da apresentação da construção do cinturão econômico da Rota da Seda, os dois países assinaram uma série de acordos de cooperação na área de capacidade de produção, com valor total de dezenas de bilhões de dólares, criando um novo modelo de cooperação pragmática da China com o exterior. Durante esta atual visita de Xi Jinping ao Cazaquistão, as duas partes vão planejar o futuro conjuntamente e coordenar posições, o que vão oferecer oportunidades preciosas para a promoção de cooperação de benefício mútuo entre os dois países.
A visita de Xi Jinping à Belarus será a primeira visita de um presidente chinês ao país nos últimos 14 anos. Atualmente, as relações bilaterais entre os dois países já entraram em uma fase importante de desenvolvimento rápido. Vale ressaltar que diversas medidas da China fortaleceram a base social dos intercâmbios entre as duas partes, como por exemplo, a China ajudou a Belarus na construção do edifício do Hospital da Doença Cardíaca do país e convidou 200 crianças da zona afetada pelo acidente nuclear de Tchernobyl para se recuperarem na China. A visita do presidente Xi Jinping vai desenhar e planejar plenamente o desenvolvimento contínuo das relações bilaterais e reforçar a amizade tradicional entre os dois países.
Do Portal Vermelho, com informações do Diário do Povo
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