quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Não existe sustentabilidade plena sem Justiça Social. E a sustentabilidade é um passo à frente do socialismo."

Artigo de Mateus Prado - Caia na Rede !! (por Sandro Ferreira)


""A utopia de salvar o planeta não nega estas utopias anteriores. A sua práxis, as ações pela Sustentabilidade, não admitem que o mundo tenha cidadão de primeira, de segunda e de terceira categoria. A justiça social, derivada dos princípios do Cristianismo e/ou do Socialismo, são também princípios da Sustentabilidade. Não existe Sustentabilidade plena sem Justiça Social. E a Sustentabilidade é um passo à frente do Socialismo. É justamente complementar o Socialismo que faz desta ideia, Salvar o Planeta, a utopia inevitável para este século, e que vai comandar mentes e corações de cada vez mais pessoas."


A justiça social, derivada dos princípios do Cristianismo e/ou do Socialismo, são também princípios da Sustentabilidade. Não existe Sustentabilidade plena sem Justiça Social.”

No último dia 16 de fevereiro, junto com Marina Silva, Heloísa Helena e centenas de outros militantes sociais e ambientais, fundamos a #REDE. Nos próximos 100 dias, teremos o desafio de recolher e reconhecer nos cartórios eleitorais mais de 500 mil assinaturas para que a #REDE se regularize como partido.

Mas por que fundar um novo partido? Os mais de 30 partidos no Brasil não são bons o suficientes para mim, para a Marina, para a Heloísa e para milhões de pessoas que têm demonstrado simpatia pela #REDE? Esta pergunta, colocada como está, contém um erro conceitual.

Teoricamente, um Partido político representa parte de uma sociedade, representa um pensamento, uma vontade, uma pauta para o Brasil e/ou até mesmo para o Planeta Terra. Ele não nasce da vontade das pessoas que o fundam. Ele nasce da vontade de uma parte da sociedade. Ou, pelo menos, deveria ser assim. Foi assim quando nasceu o PT (que na época representava o Socialismo ou a Social Democracia Popular) e foi assim quando nasceu o PSDB (que na época representava a Social Democracia de quadros).

Agora temos uma nova pauta no mundo, que é salvar o planeta. Temos convicção de que esta pauta, como utopia, como sonho, que com a práxis torna-se realidade, será maior do que foi a utopia do Socialismo nos últimos séculos, ou do que foi o Estado de Bem Estar Social e/ou a Social Democracia e a Democracia Cristã após a Revolução Industrial.

A utopia de salvar o planeta não nega estas utopias anteriores. A sua práxis, as ações pela Sustentabilidade, não admitem que o mundo tenha cidadão de primeira, de segunda e de terceira categoria. A justiça social, derivada dos princípios do Cristianismo e/ou do Socialismo, são também princípios da Sustentabilidade. Não existe Sustentabilidade plena sem Justiça Social. E a Sustentabilidade é um passo à frente do Socialismo. É justamente complementar o Socialismo que faz desta ideia, Salvar o Planeta, a utopia inevitável para este século, e que vai comandar mentes e corações de cada vez mais pessoas.

Não há, ainda, nenhum partido que represente esta utopia e esta pauta. É necessária a fundação de um partido em que a Sustentabilidade seja a espinha dorsal, o eixo central, de seu estatuto e de suas práticas. A fundação de um partido com esta pauta era inevitável, aconteceria agora ou em 5 anos, tendo nós ou tendo outras pessoas à frente, simplesmente por que a pauta é, antes de tudo, um desejo de grande parte da população brasileira, e não um desejo do Mateus Prado, de Marina, de Heloísa e de nossos fundadores.

E a esta pauta se inclui outra grande pauta que hoje é realidade no Brasil e no mundo. Os partidos políticos já não representam a população. Os representantes hoje, em sua maioria, se auto representam. Um exemplo claro é a questão do Código Florestal. Enquanto quase 90% da população eram contrárias a ele, a maioria do Congresso, que deveria representar a população, foi favorável ao Código. Também no caso da eleição de Renan Calheiros para o Senado: milhões de pessoas assinaram uma petição contrária a que Renan dirija o Senado, mas os políticos não se mostram sensíveis à vontade da população.

A #REDE assume mais uma pauta, que hoje é estranha aos outros partidos. A pauta de servir à população e aos movimentos sociais, e não se servir deles, a pauta de provocar mudanças estruturais em outros partidos, a pauta de indicar caminhos para uma reforma política que a classe política finge desejar, mas que tem sido adiada infinitamente. Para esta pauta também era inevitável o surgimento de um partido, hoje ou daqui a alguns anos. Esta pauta também não pertence ao Mateus Prado, à Marina, à Heloisa Helena.

Por isto caiamos na #Rede. Era inevitável. A #Rede nos traz acalanto. A #REDE é acalanto. É a #REDE que pesca o alimento. A #REDE é trançada por vários povos. Foi a #REDE que possibilitou que se organizassem uma série de novos movimentos sociais. Foi a #REDE que possibilitou que a candidatura de Marina Silva à presidência, mesmo com todas as dificuldades, tivesse cerca de 20 milhões de votos.

Estamos unidos, na #REDE. Aqui podemos ser autorais. A #REDE da Sustentabilidade. Sustentabilidade Social, Ambiental, Ética, Política/Democrática, Cultural, Econômica e Estética.

Mateus Prado - Especialista em Educação. Cursou Sociologia e Administração Pública na USP. Graduando em Medicina na UFRJ.Colunista de Educação do portal IG.

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