segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



(por Sandro Ferreira)

Muitos debates esto acontecendo nas redes sociais em torno do tema Marina e seu posicionamento sobre a questão LGBTT.

Há dois pontos fundamentais que Marina defende e que não podemos abrir mão. 

1) A defesa de um Estado laico, ou seja, livre de interferências do poder religioso ou mesmo das opiniões religiosas particulares dos que ocupam posições de poder.
2) Além disso, Marina e a #rede defendem o direito inviolável das chamadas “minorias” como parte do seu compromisso democrático e na garantia dos direitos humanos.

Esses dois pontos são centrais para que gays, lésbicas, travestis, bissexuais e transexuais possam apoiar Marina Silva sem medo de qualquer tipo de retrocesso. Se essa não fosse nossa convicção, não estaríamos na administração dessa página e seríamos os primeiros a sair de tal empreitada, pois não desejamos a atual paralisia da área LGBTT na gestão petista da Dilma, chamada pelo antropólogo Luiz Mott de “Dilmá”.

Outro ponto importante é compreender que a #rede não impõe pensamento único, não há nenhum messianismo, isso Marina deixou bem claro. Ela sabe de seu papel na #rede, mas a #rede não é da Marina e nem o partido “da Marina”. A #rede é de todas e todos que estão empenhados na construção desse novo projeto político libertário. Sendo assim, podemos ter divergências internas na #rede sobre algum ponto de política pública e convivermos juntos, sem problemas, pois não há nenhuma ditadura centralista. O essencial são os princípios que nos unem e esses nos dão a garantia que Marina Silva é pessoa do bem, agente da paz, construtora de diálogos e apoiadora dos direitos LGBTTs, não tendo nós nenhum registro sobre uma suposta proposta de plebiscito sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Quanto à palavra “casamento”, nós da rede LGBTTS COM MARINA SILVA PRESIDENTE defendemos o casamento civil igualitário e entendemos que Marina pensa da mesma forma, talvez com termos diferentes. Essa é uma questão que devemos amadurecer na #rede e no futuro programa de Governo a ser apresentado. Além do mais, não podemos limitar a questão LGBT a um debate semântico, posto que há o entendimento que o fundamental a palavra mas a garantia de direitos iguais.

No mais, caminhamos firmes na defesa de um Estado laico e garantidor de direitos civis, políticos e sociais para todas e todos, sem nenhum tipo de discriminação. É esse o compromisso de Marina Silva, esse é também o testemunho de sua história de lutas e é nisso que confiamos. Queremos um país onde todas e todos tenham direito, heterossexuais ou não, religiosos ou não.

Por isso mesmo, repudiamos toda e qualquer tentativa de desqualificar a companheira Marina Silva como homofóbica pelo simples fato de que a mesma abraça a fé evangélica (esquecendo inclusive da crescente quantidade de igrejas evangélicas inclusivas, tal como a reverenda lésbica da ICM que é assessora do presidente Obama nos EUA). A #rede é formada por evangélicos, católicos, espíritas, esotéricos, umbandistas, candomblecistas, xamanistas, budistas, agnósticos, teístas e ateus, pois o programa da #rede aponta para uma sociedade democrática, livre, sustentável e socialmente justa, e essas questões estão acima das nossas opções religiosas particulares.

Para além das nossas orientações sexuais particulares e das nossas opções religiosas – ou mesmo da nossa descrença – estamos preocupados com o Brasil e entendemos que Marina Silva é uma mulher capaz de liderar um processo histórico de mudanças políticas, culturais, ambientais e socioeconômicas que nem o PT e nem o PSDB foram capazes de cumprir depois de 18 anos no poder. É hora de darmos uma chance para o novo, é hora de agirmos em #rede.


fonte:  Lgbtts com Marina Silva


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