Por Bepe Damasco, em seu blog:
Atenção Advocacia-Geral da União. Atenção advogados e juristas contrários à ruptura democrática. Atenção bancada de deputados federais e direções do PT e PCdoB. É de leitura obrigatória a matéria divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 25 de março, na qual o presidente do diretório do PMDB do Rio, Jorge Picciani, abre o jogo sobre a decisão do seção fluminense do partido de romper com o governo e apoiar o golpe.
O conteúdo da fala de Picciani equivale ao corpo de delito, à prova cabal de que está em curso um golpe de Estado no Brasil, sepultando de vez a tese dos arautos da derrubada do governo, segundo a qual o impeachment tem amparo legal, pois está previsto na Constituição.
Ao explicar as razões que levaram o PMDB do Rio a mudar de posição, o "Grego", codinome de Picciani na lista da Odebrecht, oferece uma fartura de argumentos para corroborar a convicção que se alastra pela sociedade: impeachment sem crime de responsabilidade definido e caracterizado é golpe. E a Câmara dos Deputados viola a Constituição ao decidir abrir processo de impeachment contra a presidenta nessas condições.
O cacique do PMDB diz ao Estadão com todas as letras que Dilma tem de cair porque não é capaz de produzir consensos mínimos. "A presidenta é uma pessoa honrada, mas o conjunto da obra não é bom", diz Picciani. Aqui está o ponto central : o mandato de uma governante honesta deve ser interrompido porque "o conjunto da obra não é bom." De forma cristalina, vem à tona a confissão pública de que o movimento para apear Dilma do poder, atirando na lata do lixo seus 54 milhões de votos, move-se por questões meramente políticas e subjetivas.
Está instalado o vale tudo para arrancar o mandato legítimo e constitucional da presidenta e entregá-lo a um anão moral como Temer, que não hesita em apunhalar pelas costas sua companheira de chapa. A se levar ao pé da letra o argumento patético de que governos que apresentam conjunto da obra ruins devem ser golpeados, o primeiro da fila seria o governador Pezão, correligionário de Picciani.
Por essa lógica ilegal e estúpida, deveriam ser cassados boa parte dos governadores, prefeitos, senadores, deputados estaduais, federais e vereadores do país. Se avaliação negativa fosse critério para a manutenção dos eleitos no cargo, não precisava nem de democracia e eleições. Bastaria chamar o Datafolha e o Ibope. O respeito ao jogo democrático impõe acatamento do resultado nas urnas, até que o eleito possa ser avaliado na próxima eleição. Simples assim.
Vale a pena citar ainda outro trecho das declarações do deputado Pìcciani, no qual ele esbanja cinismo. Indaga o presidente da Alerj: " Ela tem capacidade de sair do dissenso para o consenso minimo? De aprovar um ajuste fiscal , recuperar a economia ? De trazer de volta o o emprego ?"
Claro que sim, desde que não fosse sabotada desde o primeiro dia de seu segundo mandato pelo conluio formado por uma oposição que não aceita a derrota eleitoral, um parlamento cujo nível é o mais baixo de toda a República e uma mídia mentirosa e manipuladora até a medula. E mais grave é que esse arranjo ainda conta com a cereja do bolo: o ativismo golpista de amplos setores do Judiciário, Ministério Público e da Polícia Federal.
Atenção Advocacia-Geral da União. Atenção advogados e juristas contrários à ruptura democrática. Atenção bancada de deputados federais e direções do PT e PCdoB. É de leitura obrigatória a matéria divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 25 de março, na qual o presidente do diretório do PMDB do Rio, Jorge Picciani, abre o jogo sobre a decisão do seção fluminense do partido de romper com o governo e apoiar o golpe.
O conteúdo da fala de Picciani equivale ao corpo de delito, à prova cabal de que está em curso um golpe de Estado no Brasil, sepultando de vez a tese dos arautos da derrubada do governo, segundo a qual o impeachment tem amparo legal, pois está previsto na Constituição.
Ao explicar as razões que levaram o PMDB do Rio a mudar de posição, o "Grego", codinome de Picciani na lista da Odebrecht, oferece uma fartura de argumentos para corroborar a convicção que se alastra pela sociedade: impeachment sem crime de responsabilidade definido e caracterizado é golpe. E a Câmara dos Deputados viola a Constituição ao decidir abrir processo de impeachment contra a presidenta nessas condições.
O cacique do PMDB diz ao Estadão com todas as letras que Dilma tem de cair porque não é capaz de produzir consensos mínimos. "A presidenta é uma pessoa honrada, mas o conjunto da obra não é bom", diz Picciani. Aqui está o ponto central : o mandato de uma governante honesta deve ser interrompido porque "o conjunto da obra não é bom." De forma cristalina, vem à tona a confissão pública de que o movimento para apear Dilma do poder, atirando na lata do lixo seus 54 milhões de votos, move-se por questões meramente políticas e subjetivas.
Está instalado o vale tudo para arrancar o mandato legítimo e constitucional da presidenta e entregá-lo a um anão moral como Temer, que não hesita em apunhalar pelas costas sua companheira de chapa. A se levar ao pé da letra o argumento patético de que governos que apresentam conjunto da obra ruins devem ser golpeados, o primeiro da fila seria o governador Pezão, correligionário de Picciani.
Por essa lógica ilegal e estúpida, deveriam ser cassados boa parte dos governadores, prefeitos, senadores, deputados estaduais, federais e vereadores do país. Se avaliação negativa fosse critério para a manutenção dos eleitos no cargo, não precisava nem de democracia e eleições. Bastaria chamar o Datafolha e o Ibope. O respeito ao jogo democrático impõe acatamento do resultado nas urnas, até que o eleito possa ser avaliado na próxima eleição. Simples assim.
Vale a pena citar ainda outro trecho das declarações do deputado Pìcciani, no qual ele esbanja cinismo. Indaga o presidente da Alerj: " Ela tem capacidade de sair do dissenso para o consenso minimo? De aprovar um ajuste fiscal , recuperar a economia ? De trazer de volta o o emprego ?"
Claro que sim, desde que não fosse sabotada desde o primeiro dia de seu segundo mandato pelo conluio formado por uma oposição que não aceita a derrota eleitoral, um parlamento cujo nível é o mais baixo de toda a República e uma mídia mentirosa e manipuladora até a medula. E mais grave é que esse arranjo ainda conta com a cereja do bolo: o ativismo golpista de amplos setores do Judiciário, Ministério Público e da Polícia Federal.
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