Em defesa da honra jurídica nacional: Teori
Ao dar um cala-boca
em Moro e Gilmar Mendes a um só tempo, o ministro Teori Zavascki escreveu uma
das mais belas e mais corajosas páginas da história do STF.
O STF e a Justiça
em geral tinham sido sequestrados por Gilmar e Moro – mais a Globo – para impor
ao país um golpe que representaria um retrocesso brutal das instituições
nacionais.
Teori pediu
satisfações a Moro por seu grampo indecente e fez letra morta da decisão abjeta
de Gilmar de entregar a cabeça de Lula na bandeja de Moro.
Tempos
desesperadores impõem medidas extraordinárias, e foi isso que Teori fez.
Seu gesto épico foi
precedido, durante o dia, por uma manifestação enérgica de Janot contra a
partidarização do Ministério Público.
Partidarizar a
Justiça é estuprá-la, e é isso que Gilmar e Moro vinham fazendo sem resistência
nenhuma na corte suprema brasileira.
Mais uma vez, aí,
foi um recado direto a Moro e a Gilmar. “A Lava Jato não vai salvar o país”,
disse Janot. Vai, aliás, jogá-lo numa guerra civil fraticida se continuar desse
jeito.
Ambos, Moro e
Gilmar, perderam completamente o equilíbrio nas últimas semanas.
Moro
imaginou que o apoio irrestrito da Globo lhe permitiria fazer tudo – incluído aí passar um grampo criminoso para
os irmãos Marinhos e promover uma caçada assassina contra o maior líder
político desde Getúlio Vargas.
Gilmar,
ensandecido, conseguiu dizer que não havia nada de mais em se encontrar com
Serra no mesmo dia em que passou Lula a Moro para que este pudesse prendê-lo.
Se um juiz do STF
acha que política e Justiça podem se misturar é porque a Justiça está morta.
Por isso é preciso
celebrar o gesto de Zavascki. Não por favorecer Lula, ou o governo, ou o que
for – mas para preservar a civilização e a democracia no Brasil.
Na prática,
Zavascki chamou o golpe de golpe, e nada poderia ser mais duro para os
golpistas neste momento do que isso.
É um primeiro e
essencial passo.
O serviço só estará completo quando
aberrações como Moro e Gilmar, e tantos procuradores que mancharam a honra da
Justiça ao atuar como políticos, forem erradicados da cena jurídica nacional.
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