quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Itapetim, berço da poesia, não tem mais ruas sem calçamento


Localizada a 423 km do Recife, Itapetim, verdadeiro berço da poesia nordestina no Sertão do Pajeú, onde nasceram filhos ilustres do verso e do repente, como Rogaciano Leite, o mais famoso de todo o reinado, talvez seja a única cidade sertaneja que tenha universalizado a construção de calçamento. Em sete anos de gestão, o prefeito Adelmo Moura, um socialista de carteirinha, já fez 120 mil metros quadrados de ruas calçadas e alcançará a meta dos 140 mil metros quadrados. Com isso, nenhuma rua da cidade ou distrito ficará mais na lama.
Paralelamente a isso, o município está ingressando no plano federal de saneamento, pelo qual também universalizará o acesso da população à rede públlica de esgoto, algo raro também em cidades de pequeno porte, como Itapetim. Charmosa e de um povo extremamente hospitaleiro, Itapetim vive da agricultura e da pecuária, com destaque para a produção de cajú. Em breve, estará funcionando a primeira fábrica de produção industrial de castanha em terras do município.

 

Em tupi-guarani, Itapetim quer dizer pedras soltas. Mas, aqui ninguém anda solto, mas irmanado pela arte de fazer verso e prosa. A cidade mantém a tradição de exportar grandes poetas, que acabam se destacando no País, arrebatando prêmios em festivas do repente e da viola. Aqui, também há muita gente inteligente e criativa. É comum encontrar pelas ruas da cidade garotos de oito a dez anos recitando na ponta da língua versos de poetas famosos e que fizeram história, como Lourival Batista, Pinto do Monteiro e Cancão.
É por essa e outras que Itapetim é o ventre imortal da poesia para, ironicamente,
provocar a vizinha São José do Egito, a quem já pertenceu há 57 anos e que ganhou fama como terra dos poetas, quando, na verdade, os maiores vates nasceram em Umburanas, primeiro nome de Itapetim. Quarenta e três anos depois do início dopovoamento chamou-se São pedro das Lages, pelo decreto nº 92 de 31 de março de 1928.

Passada uma década, pela Lei nº 235 de 9 de dezembro de 1938, já na categoria de Vila, nomear-se-ia Itapetininga, permanecendo apenas a Paróquia com o nome primevo.

Em 31 de dezembro de 1943 pelo Decreto-Lei n° 952 foi novamente alterado o nome devido a uma cidade homônima do interior de São Paulo


fonte: blog do Magno Martins

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