Na seção dos leitores do jornal Pravda, do Partido Comunista da Federação Russa, Yaroslav Rússkikh, um professor aposentado de História da região de Voróniej, conta a história de um ex-aluno seu que reencontrou por acaso em um ônibus. A história ilustra um dos destinos que os habitantes da ex-União Soviética tiveram 20 anos depois da contrarrevolução, que levou o capitalismo "democrático e libertador" ao país.
"Neste verão tive de fazer uma viagem rodoviária entre Patropávlovsk e Voróniej. Pelo caminho, em uma das paradas, subiu ao veículo Serguei L., ex-aluno meu. Me saudou com a mão e veio sentar-se ao meu lado. Fiquei perplexo pela forma como mudou. Em seus anos de estudante era um rapaz alegre e piadista, enquanto que o rapaz que se encontrava ali a meu lado era uma pessoa completamente distinta da que conheci.
O rapaz que se tornou escravo de uma firma conseguiu fugir e estava idignado. Veja o que ele perguntou aos novos governantes da "Rússia democrática:"
Como cidadão da Rússia gostaria de fazer algumas perguntas aos senhores Medviédev e Pútin: Até quando continuarão existindo e se registrando "empresas" que vendem nossos rapazes e moças como escravos? Até quando se poderá continuar a transportar livremente escravos pelas estradas da Rússia? A nenhum policial rodoviário pareceu estranho um ônibus transportando 18 rapazes dormindo enquanto eram vigiados por alguns tchetchenos?
Até quando nossos políticos emitirão gritos esganiçados denunciando o suposto sequestro de um "democrata" belarusso? como é que não se escuta em mídia alguma uma palavra desses políticos em defesa dos rapazes russo, convertidos em escravos, que são sequestrados na "democrática" Moscou? E acrescento: Bela democracia, não?
Fonte: Blog de Josafat Comín. Original em http://gazeta-pravda.ru/content/view/9061/34/. Traduzido do russo para o espanhol por Josafat Comin e vertido para o português pela redação do Vermelho.
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