O repúdio ao intervencionismo de setores da imprensa brasileira no processo eleitoral foi tema de vários discursos dos parlamentares ao longo da semana de trabalho pós-eleições. Os deputados da base governista destacaram que a liberdade de imprensa e expressão conquistada ao longo dos anos não serve de justificativa para que a mídia brasileira interfira no processo eleitoral.
Para os deputados, o que a revista Veja e a Rede Globo fizeram não é jornalismo, é terrorismo.
“Assistimos a uma campanha que não envolveu só a oposição, mas teve apoio e reforço dos principais meios de comunicação deste País”, denunciou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Segundo ele, esses setores se utilizaram de todas as formas para combater o governo e tentar impedir a renovação do mandato da presidenta Dilma.
Leia também:
Ele lembrou que, apesar de todos os movimentos contrários, a presidenta Dilma foi à luta, soube enfrentar, debater e apresentar os bons resultados do governo. “Ela mostrou para a maioria do povo brasileiro os resultados concretos de um projeto que visou a modificar o Brasil, democratizar o País, tanto no aspecto político como no social”, disse Zarattini.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) citou o ódio incitado por setores da mídia brasileira do qual o PT é a principal vítima. “O ódio contra os petistas, contra os pobres, contra os pretos e contra os nordestinos foi uma construção que partiu de meios de comunicação, como a revista Veja, a TV Globo, o jornal O Globo, O Estado de S. Paulo, e, é lógico, de parte dos partidos da oposição e do próprio PSDB, do candidato Aécio Neves”, condenou Dr. Rosinha.
De acordo com o parlamentar, o PT precisa superar essa construção de ódio e mostrar à sociedade brasileira que a verdadeira construção é a de uma sociedade inclusiva, justa, com distribuição de renda.
“Eles nos odeiam pelo que fizemos de bom”
Para o deputado Francisco de Assis (PT-SC), a campanha do ódio contra o PT não é novidade. Ele citou uma frase do ex-presidente Lula: “Eles nos odeiam pelo que fizemos de bom, não pelos nossos erros”.
Assis questionou “por que se odeia o PT se o nosso governo melhorou a vida dos mais pobres, elevou o salário mínimo para mais de 300 dólares, reduziu o desemprego para taxas mínimas, incluiu mais de 40 milhões de brasileiros no mercado de consumo com acesso à comida na mesa, casa, carro e até viagem de avião?”.
Para o deputado Marcon (PT-RS), o que é a revista Veja e a Rede Globo fizeram, inventando fatos como o do suposto envenenamento do doleiro, não é jornalismo. “Isso é terrorismo que a direita, que o capital, que os ricos fizeram nessas eleições”, lamentou.
O deputado Renato Simões (PT-SP) lembrou que “em São Paulo, presenciamos um conjunto de declarações altamente condenáveis, do ponto de vista da consciência nacional, de preconceito contra nordestinos, nortistas e pessoas pobres de todo o País, que estão sendo responsabilizadas pela vitória da presidenta Dilma como se tivessem cometido um ato lesivo aos interesses nacionais. Pelo contrário, o voto dessas pessoas orgulha-nos” disse Simões.
Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário