sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Dilma: Aécio deixará mercado aberto pra concorrência destrutiva


A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, afirmou nesta sexta-feira (17), em Florianópolis (Santa Catarina), onde cumpriu agenda de campanha na região Sul do país, que seu adversário, o tucano Aécio Neves (PSDB), deixará o mercado aberto para a concorrência destrutiva.

Dilma em Florianópolis, Santa Catarina, cumprindo agenda na região Sul nesta sexta (17).

“Meu adversário acha que tem que deixar o mercado aberto para toda e qualquer forma de concorrência destrutiva. O meu governo acha importante fazer política de conteúdo local, dando preferência para indústrias brasileiras nas compras governamentais”, pontuou a presidenta.


O evento, realizado no Centrosul, reuniu mais de cinco mil pessoas e contou com a participação de prefeitos e o governador eleito Raimundo Colombo, além do ministro do Trabalho, Manoel Dias, e a ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti.

Propostas e plano de governo

Dilma reafirmou que a disputa do segundo turno é entre dois projetos que já governaram o país. “O PSDB cria o desemprego porque acha que precisa fazer ajustes, reduzindo empregos e salários. Eu crio empregos e melhoro salários. Criando empregos e melhorando salários, a gente abre a possibilidade de todos crescerem. No meu governo, todas as classes sociais melhoraram”, destacou a presidenta.

Dilma destacou que, no dia 26 de outubro, é preciso avaliar quem trouxe mais benefícios para o Brasil. “Não somente pelo desemprego, juros altos e salários arrochados do passado. Mas pelo Brasil que construímos. Esse outro Brasil que tem um longo caminho a percorrer”, afirma Dilma, destacando que a população brasileira vive melhor e tem mais acesso a serviços públicos que em anos anteriores.

Dilma defendeu a continuidade de projetos como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ressaltou que o país precisa dar passos grandes na educação. “Temos a lei que aprovamos na Câmara que transforma o petróleo em educação”, lembrou a candidata.

Para a saúde, ela citou a proposta do Mais Especialidades, que criará uma rede de clínicas especializadas, integradas por unidades do sistema público, para atendimento médico e realização de exames.

Ela também falou sobre segurança pública ressaltando o compromisso de, num segundo mandato, propor ao Congresso Nacional a alteração da Constituição. “Em governos anteriores [FHC], a União sempre lavou as mãos com relação à segurança pública, deixando a tarefa somente para os estados. Nós achamos que a Constituição tem que ser alterada e o governo federal tem que ser responsável junto com os estados”, argumentou.

A presidenta ressaltou que sabe reconhecer quem a apoia, referindo-se aos prefeitos e ao governador do estado. Ela também citou a importância da vinda da BMW para a economia e geração de empregos em Santa Catarina.

“Eu tenho certeza que serão milhões de corações valentes votando. Eu peço, humildemente, a vocês que no dia 26 de outubro votem 13”, disse Dilma ao encerrar o seu discurso.

Campanha agressiva

Na coletiva de imprensa, Dilma foi indagada a comentar sobre o tom agressivo da campanha neste segundo turno. “Eu não estou tomando esse rumo. Fui levada a esse rumo. Tenho um conjunto de proposta e algumas delas que existem na realidade como o Minha Casa, Minha Vida, Pronatec, Fies e centenas de outros que são propostas concretas que tenho apresentado”, argumentou Dilma.

Ela completou dizendo que Aécio é quem tem usado a tática do agressiva. “Acontece que não é da mesma forma que o candidato adversário tem se comportando. Não posso fugir do debate que é apresentado. Não posso me furtar ao debate direto, porque sou candidata. Quando sou questionada, tenho que responder”, asseverou Dilma.

Dilma cercada por prefeitos e lideranças políticas catarinenses
Catarinenses unidos pela reeleição


O vice-presidente Michel Temer também participou do evento. Ele disse que somente Dilma consegue reunir tantos prefeitos de diferentes siglas. “Vemos que o Brasil está unido em torno de Dilma”, reforçou.

Para Raimundo Colombo, governador reeleito, o encontro era uma tentativa de retribuir as ações da presidenta no estado. “Ponto comum de honrar Santa Catarina ser a voz da gratidão para a presidenta que ajudou muito. Há quatro anos não te apoiei, mas agora apoio de forma convicta, afinal, foram diversos casos como as enchentes, a vinda da BMW que sem sua participação não teríamos conseguido”, argumentou.

Da Redação do Portal Vermelho
Ichiro Guerra
Dilma em Florianópolis, Santa Catarina, cumprindo agenda na região Sul nesta sexta (17).

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