Cerca de 200 lideranças sindicais de todo o Brasil, ligadas às centrais CTB, CUT, Força Sindical, CSB e Nova Central, participaram de sabatina com a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, nesta quarta-feira (15), em São Paulo. O evento foi gravado e será veiculado na propaganda de TV da candidata ainda esta semana.
Matéria publicada pela Agência Estadodiz que a presidenta reafirmou o compromisso de criar uma mesa de negociação tripartite - com trabalhadores, governo e empresários – para discutir o fim do fator previdenciário. Segundo a agência, citando como fonte o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, Dilma declarou: “Eu não vou enganar vocês porque estou em campanha, não vou dizer que vou acabar com o fator previdenciário, mas vou retomar o processo de debate como fizemos no governo Lula”.
Segundo outro dirigente ouvido pela agência, o presidente da UGT Ricardo Patah, Dilma afirmou que seria “demagogia” prometer o fim do fator previdenciário. “O compromisso da presidenta, que é um compromisso que não é demagógico, é de que as mesas de negociações continuem para que a gente possa dar passos importantes nas questões trabalhistas”, ressaltou Patah, pontuando que a presidenta garantiu que não haverá flexibilização da CLT “nem que a vaca tussa”.
Procurado pelo Portal Vermelho, o presidente da CTB, Adílson Araújo, não quis comentar detalhes da gravação, mas frisou que o encontro foi importante para demarcar as posições da classe trabalhadora. “Na disputa de dois projetos distintos, compete aos trabalhadores pautar as suas reivindicações. Não é concebível um projeto que não leve em consideração pautas como o aumento da renda, a geração de empregos, a valorização do salário mínimo e, sobretudo, a garantia das conquistas sociais e trabalhistas”, enfatizou Araújo.
Os pontos citados pelo dirigente da CTB foram abordados na sabatina com Dilma que teve de responder quais eram suas propostas e compromissos para a regulamentação das negociações para os servidores públicos, sobre políticas de proteção à mulher e para a política de reajuste do salário mínimo.
De acordo com fontes do Estadão, Dilma se comprometeu a mandar um projeto de lei para manter o atual formato de reajuste, que vencerá em 2015, feito com base no INPC mais o PIB do ano anterior, o que atende as reivindicações das centrais sindicais.
Juruna relatou que Dilma também se comprometeu a criar uma data-base de negociações para o servidor público, da mesma forma como acontece com as categorias do setor privado. “Propusermos ter data base para o servidor público e ela disse que vai topar”, declarou.
Da redação do Portal Vermelho
Com informações da Agência Estado
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Em agosto, as centrais realizaram ato de apoio à reeleição da presidenta Dilma
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