A presidenta Dilma Rousseff, neste sábado (11), no Panamá, perante os representantes dos países presentes da 7ª Cúpula das Américas, finalizou sua participação criticando os discursos intolerantes que povoam o campo político e social em diferentes partes do mundo.
Foto: EFE/EPA - Roberto Sturckert Filho
Dilma discursa durante sessão plenária na Sétima Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá.
Para a mandatária, o século 21 abre espaço para novos horizontes. Segundo ela, não há como defender avanço, mais modernidade, mais desenvolvimento sem também defender uma sociedade avançada em seus diferentes níveis.
Esse século, afirmou Dilma, requer também um novo enfoque sobre migração, que deve ser centrado nos direitos humanos dos migrantes, ser sensível ao crescimento dos fluxos migratórios entre países em desenvolvimento; favorecer o trabalho decente; e prevenir e mitigar os efeitos de desastres socioambientais.
“Sigamos no sentido oposto ao da xenofobia e da intolerância, ascendentes em diversas partes do mundo. Temos que impedir que isso se caracterize como a tendência dominante aqui na América Latina. Não podemos aceitar nem a xenofobia nem a intolerância”, enfatizou.
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Venezuela e Estados Unidos
Dilma Rousseff também comentou a relação dos Estados Unidos com a Venezuela. Para a presidenta, essa é uma questão em que existem todas as condições para construir também um caminho de diálogo e “voltar aos bons tempos”.
“Porque é uma posição da Unasul, como um todo, não é só do Brasil. A Venezuela não é ameaça para os Estados Unidos. Acho que esse é um texto antigo, que foi usado neste caso. Você pode discordar disso, disso e daquilo, mas não pode concordar em tratar a Venezuela como um inimigo dessa proporção porque eles não são.”
Dilma Rousseff lembrou que existe uma comissão de chanceleres na Unasul, integrada por Brasil, Colômbia e Equador, que está tratando do assunto. Essa comissão de chanceleres, que representa diretamente os presidentes dos países, e que tiveram também a participação de um representante do Vaticano, tem o objetivo de construir um diálogo entre o governo e a oposição.
Visita aos EUA
Após reunião com o presidente americano, Barak Obama, ficou agendada para o dia 30 de junho uma visita de governo aos Estados Unidos.
De acordo com informações do Blog do Planalto, a presidenta explicou que preferiu fazer uma visita de governo, e não de Estado, porque essa última só poderia ser realizada no próximo ano, quando serão realizadas eleições nos EUA.
Para Dilma, o encontro, que se encerrou neste sábado no Panamá, indica o caminho para a construção de uma relação entre os países da região em outros patamares, mesmo considerando que há diferenças ideológicas, culturais, políticas entre eles. “Os governos não pensam igual. [Mas] nós conseguimos cooperar e construir uma relação em um continente que tinha uma tradição de não se relacionar, cada uma das partes do continente olhava para o resto do mundo”.
Da Redação do Vermelho
Joanne Mota, com informações do Blog do Planalto
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