Por Dedé Rodrigues
No dia 09 de abril de 2015 uma representação dos trabalhadores
em educação da Região do Pajeú estiveram reunidos em São José do Egito para discutir
os Eixos da Campanha Salarial – 2015 e, Tabira esteve presente por intermédio da Delegada
Municipal do Sintepe na Regional do Pajeú, a Professora Eliane Marques e do Professor Dedé Rodrigues. O destaque
desta reunião foi a participação de dezenas
de alunos apoiando a luta dos professores e dos trabalhadores em educação que
pararam estes dois dias, 08 e 09 e, estão em ESTADO DE GREVE no Estado.
A reunião ocorreu no Auditório do Centro Tecnológico de São
José do Egito e foi aberta pela representante do Sintepe do Pajeú, a Professora
Margarida que distribuiu uma pauta de 40 reivindicações dos professores no Estado e, em
seguida, ocorreu a discussão de algumas dúvidas dos pressentes sobre diversos
pontos da pauta.
A pauta tem três eixos distribuídos assim: Eixo 1: Valorização
profissional: (salários, carreira e condições de trabalho). Eixo 2 – Benefícios.
Eixo 3 – Questões administrativas.
Entre os 40 pontos de
reivindicações da pauta eu vou destacar:
01 - reajuste do piso salarial dos
professores (13,01), extensivo para todos os profissionais em educação (data base
em 01 de janeiro para os professores e 01 de junho para os Administrativos, Analistas
e Psicólogos). 07 – Considerar como vencimento base dos contratos temporários,
o valor da classe I, faixa salarial A do Plano de Cargos e Carreira do
Magistério. 15 – Climatização das salas de aula. 22 – Contemplar toda a categoria
co Bônus para Bienal do Livro, incluindo os aposentados, e estender este
benefício aos estudantes da escolas estaduais. 28 – Implantar o vale- alimentação
para os contratos temporários. 34 - Realizar concurso público em 2015 para todos
os seguimentos da educação, inclusive para os componentes curriculares de áreas
técnicas das escolas técnicas. 37 –
Garantir a liberação de 50% da carga horária para os cursos de especialização e
a liberação de 100% para os cursos de Mestrado e Doutorado de no mínimo 20% do quadro efetivo de cada
local de trabalho e oportunizar o ingresso de professores em especializações,
Mestrado e Doutorado.
Como se percebe nesta seleção de reivindicações que fiz,
além das outras que não citei, toda educação sairia ganhando com a
implementação delas. Professores,
administrativos, contratos temporários, alunos e,por tabela,os pais e o desenvolvimento
de todo o Estado de Pernambuco. Daí
porque destaquei a participação de diversos alunos de escolas de São José do
Egito que fizeram questão de usar o microfone em apoio ao movimento grevista. Quando isto, que está ocorrendo em São José do Egito, for
também realidade em todos os municípios do Estado e, penso que é só uma questão
de maior envolvimento também dos professores convidando eles, nós dobraremos
qualquer governante que não respeite às leis. Isto, a meu ver não está distante,
salvo se a onda golpista que cresce no Brasil retirar os partidos da esquerda
do poder. Pois aqueles falsos moralistas de direita, que desfilam na Avenida
Paulista pedindo uma intervenção militar, não querem mais direitos trabalhistas e nem mais democracia no Brasil.
Diversos professores em São José falaram e fizeram denúncias
contra o Governador que prometeu em campanha dobrar os salários dos professores
e, agora vem com uma proposta que prejudica o nosso PCC (Plano de Cargos e
Carreira). Perguntam: qual é o incentivo para quem tem mais tempo de trabalho no
estado e mais estudo se o aumento deixa de fora justamente estes que tem
direito a ele? Como o Governo de Pernambuco, que diz que não tem dinheiro para dar os 13%
de aumento aos professores, explica gastos milionários em outras áreas? Por que
Paulo Câmara não cumpre o acordo feito por Eduardo Campos de repassar o aumento
do piso a partir de 2015?
Vivemos tempos difíceis no Brasil e no mundo com a crise do
capitalismo e o avanço da direita que, ao contrário do que querem os professores
e alunos de Pernambuco, estão tirando
direitos trabalhistas na Europa. Este avanço se dar no Brasil também, a exemplo
do Projeto de terceirização aprovado no Câmara de Deputados. Veja o que diz a introdução da matéria
retirada do Portal Vermelho:
“Colocando em grave risco as conquistas
trabalhistas, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (8),
o Projeto de Lei 4330, que permite uma terceirização generalizada. Foram 324
votos a favor, 137 contra e 2 abstenções.”
O que disse a presidenta Dilma, que pode vetar o
projeto, caso passe desse jeito no Senado:
“Existe uma questão ligada à terceirização, sim, que precisa
ser tratada. Agora, a posição do governo é no sentido de que a terceirização
não pode comprometer direitos dos trabalhadores”.
Como se percebe esta luta trabalhista vai
muito mais além da categoria dos professores que também podem se prejudicar se esta lei for aprovada do jeito que está no Senado, vetada pela presidenta, mas o veto
pode ser derrubado pelo Congresso. Queridos
companheiros, temos muitas lutas pela frente. Que viva à democracia! Que viva à luta dos trabalhadores! Que viva á educação!
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