Por Luis Gonzaga Sobreira
Na História do Brasil o anticomunismo sempre esteve a
serviço da elite econômica para impedir
e até retroceder as mudanças sociais que beneficiavam os mais pobres. Hoje, o
anti-petismo, pregado pela elite econômica, tem este mesmo objetivo. No passado eram os
comunistas que serviam de cobaia para a elite fazer a roda da história girar
para trás, agora são os ataques a Lula, a Dilma e ao PT (Partido dos
Trabalhadores). Por que tanto ódio?
A resposta é simples, nos últimos 12 anos, com Lula e Dilma,
o Brasil mudou na direção dos pobres.
A elite atual é filha, herdeira ou representante dos senhores de escravos. Ela e a grande mídia
golpista “babam de ódio” contra os políticos progressistas. Quais são os motivos
reais? O Brasil mudou em todos os sentidos e, apesar desta mesma elite ainda
ser muito bem tratada pelo governo do PT, ela é tão egoísta que não suporta que um governo dos trabalhadores chegue ao poder. Ela não suporta ver
um filho de negro, de índio e pobre fazer faculdade, andar de avião, ter comida
na mesa e emprego para trabalhar.
A tática dela é simples, foi usada muitas vezes no passado, mas ainda engana muita gente. Como ela ainda tem o poder econômico e
o poder dos principais meios de comunicação, utiliza a questão da corrupção
que, ninguém mais do ela pratica e é causa disso, para recuperar o poder político que perdeu em
2002 e barrar as mudanças sociais que estão em curso. Na verdade a mídia no
Brasil se transformou num partido de oposição ao governo. Ela só tem um olho para
enxergar a corrupção. Só aponta o dedo para o PT e para o Governo, o resto pode roubar a vontade.
Quem conhece o passado histórico sabe que em 1964, quando Arraes
era o melhor Governador que Pernambuco já teve,foi deposto junto com João
Goulart, acusados de comunistas. A direita dizia que tinha um profecia de Padre
Cícero de que o comunismo iria governar o Brasil por 24 horas, mas os católicos
venceria a parada. Espalhavam mentiras terroristas de que na Rússia os
comunistas comiam criancinhas. Espalharam até que certa vez, Arraes estava em campanha
política na Zona da Mata e quando bateu na porta de uma casa a imagem do Senhor
que estava na parede caiu no chão. Esta faz a gente rir.
Eu lembro que aqui em Tabira, um determinado candidato
conservador, mandou confeccionar um folheto com a foto junto com a de Frei Damião
e mandou entregar de casa em casa com os seguintes dizeres: “Frei Damião abençoa
este lar e pede para não votar no
comunista”. O comunista era Miguel Arraes que foi o melhor governador que Pernambuco
já teve.
Lembro de outro candidato em Tabira que dizia aos eleitores, mostrando o símbolo da foice e do
martelo do Partido Comunista do Brasil – PC do B - que representa a aliança entre os operários e
os camponeses, que o materno era para
bater na cabeça das pessoas e a foice era para cortar o pescoço. Evidente que com
num nível deste e o poder econômico nas mão desta elite o resultado eleitoral
pendia sempre para o lado deles.
Como comunista e cristão, que frequenta a Igreja Católica, não vejo contradição em torno do nosso objetivo maior, o socialismo. Pelo
contrário, vejo muitas afinidades entre um comunista e um verdadeiro cristão. Quero
lembrar aqui grandes nomes da Igreja Católica que defendem, igualzinho aos
comunistas, a justiça social: Padre
Assis em Tabira, Dom Francisco em Afogados da Ingazeira, Dom Helder Câmara, Arcebispo
de Olinda e Recife e o Papa Francisco. A Igreja têm ainda homens como Frei Beto, Leonardo Boff
e, tantos outros, que para mim foi e é um
orgulho te-los como aliados na luta pela igualdade e por um mundo melhor. Todos
eles foram chamados de comunistas porque defendiam os direitos humanos, a
liberdade e a justiça social, sem nunca
terem se filiado ao partido.
Quem defende os mais pobres são perseguidos pelos poderosos
que não querem que as coisas mudem para melhorar a vida de quem trabalha neste
país. Para os coxinhas e para extrema direita, ajudar aos famintos é crime. Por
isto a gente ver esta onda de ataques sistemáticos por intermédio da mídia, a Lula, a Dilma, ao PT, aos religiosos progressistas
e também aos comunistas. Todo este ataque
tem um único objetivo: parar as mudanças iniciadas em 2003 e voltar a roda da
história para trás, causando um grande mal social.
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