Por Dedé Rodrigues
domingo, 5 de julho de 2015
A FRENTE NACIONAL POPULAR E DEMOCRÁTICA PODE SER FORMADA EM TABIRA
Meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em
Tempo. No final de junho dirigentes do PCdoB, do PT e do Psol, representantes
de movimentos sociais, como a UNE, (União Nacional dos Estudantes) o Movimento Sem Terra (MST) e as centrais
sindicais criaram, dia 27, em São Paulo
(SP), o Grupo Brasil. A iniciativa partiu de movimentos sociais e
sindicatos e revela a preocupação das forças sociais e dos partidos, que mesmo
com posições políticas diferentes, se uniram em torno da ideia de defesa de
conquistas sociais, reformas estruturantes e a defesa da democracia.
Dois dias
depois, em 29 de junho passado, foi
criada a Frente Nacional Popular e Democrática no Rio de Janeiro. A proposta da Frente é reunir os que
lutam pela segurança institucional e aprofundamento da democracia, pela
governança, pela recuperação da economia brasileira, pela defesa da soberania e
das riquezas nacionais, pela defesa dos interesses dos trabalhadores e
assalariados em geral, e pelo desenvolvimento econômico com emprego e
distribuição de renda. Esta frente pode ser criada em breve em Tabira.
Este último
evento contou com a participação de parlamentares, entidades sindicais e
associações de classe, intelectuais e acadêmicos, empresários, cientistas,
juristas, jornalistas, advogados, estudantes e representantes da sociedade
civil organizada.
Vale a pena
destacar deste último encontro um trecho de uma matéria publicada no Portal
Vermelho da intervenção do ex; presidente do PSB Roberto Amaral que ao encerrar
o ato, e consolidando o caráter do evento –
registrou que “tal processo está ocorrendo em distintos estados
brasileiros –, evoca o porquê de uma Frente Nacional Popular e Democrática; as
circunstâncias históricas que, a exemplo do passado no Brasil, tornam
necessárias uma organização como esta, hoje. Pois, como ontem, no presente, se
coloca, mais uma vez, o necessário processo de formação da Frente Popular como
aquele instrumento que exigiu o fim do “Estado Novo”, que esteve à frente da
campanha do “O petróleo é nosso”, na luta contra a ditadura militar, pela
anistia e pelas “Diretas-já”. De uma Frente que seja a expressão do movimento
social, dos sindicatos, que acolha os partidos políticos, e os setores liberais
que acreditam no caminho da democracia. Para ele: “este é o desafio frente ao povo brasileiro e
que todos, num sentido de unidade, e acima de partidos políticos, temos de
construir com a sociedade um projeto de país para avançar e lutar contra os
retrocessos”.
Como os amigos
e amigas percebem a ideia desta frente é juntar todos que defendem a democracia,
a legalidade e as mudanças sociais conquistadas até aqui no Brasil. Somar
forças pelos interesses maiores da pátria e do povo trabalhador. O pessoal
dessa frente sabe que as forças
políticas conservadoras que hoje fazem uma campanha cerrada contra o governo
Dilma, de mãos dadas com a justiça
seletiva e a mídia hegemônica, querem impedir o avanço social, civilizacional e
democrático do Brasil. Essa turma faz parte da elite mais atrasada que esta
pátria tem: os banqueiros, os latifundiários, os grandes empresários ligados ao
capital financista estrangeiro, donos dos grandes canais de televisão e dos
jornais impressos.
Essa turma sabe
que foi com Lula e Dilma que a empregada doméstica passou a ter carteira
assinada, mais de 40 milhões de pessoas saíram
da miséria e foram criados em torno de 20 milhões de empregos formais. Os
conservadores não suportam ver pobre viajando de avião, fazendo curso no exterior, tendo fies e pronatec
concorrendo também com os seus filhos. Os conservadores sabem que os sem-terra
e os sem-teto continuam lutando por mais conquistas sociais, mais moradia e reforma
agrária, que eles jamais implantariam se
estivessem no poder.
Eles sabem que
só com o avanço da democracia o povo vai ter mais direitos com mais
distribuição de renda. E por falar em renda eles detestam distribuí-la, pois
sonegam impostos, pagam pouco ou nada, vivem de juros e não produzem nada, por
isto detestam a esquerda consequente que luta por mais justiça social no país. Essa direita conservadora, como todo mundo, quando
morre não leva nada no caixão, mas só pensam em lucro, em renda, em riqueza, por
isto eles têm medo de mais democracia. Eles temem o avanço da consciência
social, pois um povo mais consciente, vai exigir políticos mais honestos e
comprometidos com quem trabalha; vai querer ainda mais distribuição de renda.
Vai querer que investiguem a grande corrupção do futebol, o trensalão tucano, o
HSBC, a sonegação da Globo, vai
questionar as remessas de lucros, vai querer que cobrem juros das grandes
fortunas, do capital volátil, das
grandes heranças e vai querer que façam uma auditoria nas dívidas interna e
externa que sugam o dinheiro da nação que devia ser investido no social.
Um povo mais
consciente vai questionar as altas taxas
de juros, o superávit primário que serve
para encher a pança dos capitalistas que vivem de renda, abocanhando mais de 50%
do orçamento da União, quando deveria ir
para outras áreas sociais, como a saúde, a educação etc.
Eles tem medo
que o povo trabalhador lute pelas reformas que o Brasil ainda precisa fazer: a
reforma da mídia, a reforma política com o fim do financiamento empresarial de
campanhas, a reforma agrária, a reforma tributária, a reforma urbana e etc.
A criação
destas frentes, meus amigos e amigas, mesmo com divergências em relação ao
governo Dilma, têm como objetivo garantir e ampliar muitos direitos
conquistados nos últimos 13 anos, garantir e ampliar a democracia, defender as
riquezas nacionais e a Petrobras, defender a engenharia nacional, combater de
fato todo tipo de corrupção, sem viés seletivo e partidário como acontece hoje.
A ideia
importante é que esta frente se espalhe por todo o Brasil, pelos Estados e municípios,
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