quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TEMPO ESQUENTA NO EGITO: CRISE DO CAPITALISMO NEOLIBERAL, DITADURA MILITAR COM MASSACRES DE MANIFESTANTES E O POVO NAS RUAS QUERENDO LIBERDADE E JUSTIÇA SOCIAL.

 

 

Tensão no Egito aumenta junto com crise política


O clima de tensão no Egito cresceu nesta quarta-feira (23), com a repressão violenta pela polícia aos manifestantes que ocupam a Praça Tahrir, no Cairo, enquanto a crise política no país se agrava a cinco dias das eleições legislativas.


No quinto dia consecutivo de protestos contra a junta militar que governa o Egito, três carros blindados do exército entraram nesta quarta na rua Mohammed Mahmoud, próxima à Tahrir, para retirar a polícia, que foi substituída em parte pelo Exército.

Novos choques entre os soldados do exército e os manifestantes aconteceram no local, um dia depois de milhares de pessoas terem exigido, na praça Tahrir, a renúncia da junta militar, em um ambiente predominantemente pacífico e sem policiais.

A repressão policial começou com o lançamento de gás lacrimogêneo e a instalação de barreiras nas ruas próximas ao Ministério do Interior, os manifestantes retrucaram lançando pedras contra os policiais.

No início da noite, infiltrados armados pela polícia foram à rua comercial Talaat Harb, que termina na praça, e enfrentaram com pedaços de pau e armas brancas os manifestantes.

O número de feridos não para de aumentar: eles chegam aos improvisados hospitais de campanha na praça em ambulâncias, motos ou até mesmo à pé. Entre os feridos está o fotógrafo espanhol Guillem Valle, que foi espancado por policiais e teve seu equipamento roubado.

Atendendo a um apelo da ONU para que se averigue a repressão aos protestos, o Ministério do Interior egípcio pediu à Justiça que analise as acusações contra a polícia por uso excessivo da força.

O titular da pasta da Saúde, Amro Helmy, admitiu nesta quarta que vários dos 33 mortos contabilizados até o momento nos distúrbios foram baleados.

Helmy acrescentou que o Ministério está investigando as denúncias de que gás lacrimogêneo utilizado pela polícia é mais intenso e prejudicial à saúde do que o legalmente uutilizado para reprimir os manifestantes.

Nesta quarta, o imã da mesquita de Al Ajar, a mais importante do ramo sunita, Mohamed Ahmed el Tayeb, veio a público para pedir à polícia que não abra fogo contra os manifestantes.

A multidão continua a ocupação da Tahrir exigindo a demissão do marechal Hussein Tantawi, chefe da junta militar que dirige o Egito desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.

Com agências

Nenhum comentário:

Postar um comentário