por Sandro Ferreira)
Cerca de 750 agricultores familiares, empreendedores familiares rurais, empregados rurais assalariados e trabalhadores sem-terra ocuparam a sede do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), no Palácio do Desenvolvimento (SBN Quadra 01), em Brasília, na madrugada desta segunda-feira. Eles reivindicam a imediata liberação de crédito para desenvolvimento dos planos de assentamento, criação de um cronograma para acelerar a desapropriação de áreas destinadas à reforma agrária e distribuição de terras para as famílias que há anos vivem acampadas em várias regiões do país.
A ocupação é coordenada pela Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais Familiares (Conafer), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Brasileiro de Sem Terra (MBST) e Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Faraesp).
Os movimentos sociais também reivindicam que os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) sejam destinados integralmente às cooperativas de agricultores familiares, e não para agroindústrias. Querem ainda a criação do Registro Geral do Agricultor Familiar e de um programa de qualificação do trabalhador rural assalariado.
Entre os 23 itens da pauta de reivindicações dos agricultores familiares consta ainda a inclusão da Conafer no Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e no conselho administrativo da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
Além disso, eles querem que o governo federal encaminhe à Procuradoria-Geral da República ação discriminatória das terras do Distrito Federal, a fim que definir quais áreas pertencem à União, ao governo do DF e a particulares.
Segundo o coordenador nacional da Conafer, Carlos Lopes, a ocupação da sede do MDA é resultado da falta de diálogo do governo federal com os movimentos sociais dos agricultores familiares, dos empregados rurais assalariados e dos sem-terra. "Temos buscado o diálogo com o ministro Pepe Vargas, mas não estamos sendo ouvidos."
fonte: CONAFER
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