(por Sandro Ferreira)
"Não sintam vergonha de não saber falar português", disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde), nesta segunda-feira (26) ao receber os médicos estrangeiros que chegaram ao Brasil no fim de semana para participar do Mais Médicos.
A maior parte dos profissionais inscritos no programa vieram de Cuba, Espanha, Argentina e Uruguai.
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"Eu já atendi a vários povos de comunidades indígenas sem falar a língua deles. Muitos dos meus colegas também voltaram sem saber falar nenhuma palavra em línguas indígenas. Salvei vidas. Eles salvaram vidas", disse o ministro. "Se não estivéssemos lá, muitas vidas não teriam sido salvas".
Em um auditório dentro do campus da Universidade de Brasília, da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), o grupo de médicos que está alojado em Brasília participou de uma cerimônia de abertura do programa.
A partir de hoje --e por três semanas -- os profissionais que estão na capital federal passarão por uma espécie de curso, antes de serem enviados para as cidades do interior ou áreas carentes em que há falta de médicos brasileiros. As aulas também começaram hoje em outras sete cidades (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza).
Os médicos estrangeiros serão avaliados por professores de instituições públicas e os que forem considerados aptos, receberão um registro profissional provisório para começar a trabalhar no município que for determinado, a partir de 16 de setembro.
Apesar de destacar que a língua não é um ponto fundamental para que a profissão possa ser exercida, o ministro Alexandre Padilha destacou que os médicos inscritos no programa também serão avaliados pelo seu desempenho em se comunicar em português.
"Vocês passarão por um processo intenso de avaliação, de troca de experiências, de conhecimentos. Quem vai para área indígena, além dos conteúdos nacionais, dos cursos, de avaliação sobre língua portuguesa, vão ter também no fim do dia, módulos específicos sobre a cultura da região onde vão trabalhar", disse.
De acordo com o ministro, também serão convocados profissionais das regiões beneficiadas pelos programas para dar palestras aos médicos estrangeiros.
Chamados de "coordenadores locais", eles falarão sobre os costumes da população, doenças mais comuns, organização do horário de trabalho, entre outros tópicos específicos daquela população.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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