Por Dedé Rodrigues
Depois do grande movimento do marchantes de Tabira com
queima de pneus na PE -320 e a conquista
do retorno temporário do abate dos animais em Tabira, agora o Prefeito do
Município Sebastião Dias convocou uma reunião com a população em geral, a qual aconteceu na Escola Arnaldo Alves Cavalcanti,
na terça-feira, 20 de janeiro, com o objetivo
de unir forças na luta por um novo matadouro para Tabira. Depois de um intenso e acalorado debate
algumas medidas foram aprovadas, tais como: elaborar o projeto imediato do novo
matadouro, levantar recursos para a construção do matadouro mediante um leilão
de terrenos ociosos da prefeitura, enviar projeto de lei à Câmara de Vereadores
para obtenção de empréstimo, terceirizar
a arrecadação da feira do gado, elaboração de emendas parlamentares e acionar o
jurídico da prefeitura. Depois da
reunião a conclusão que chego é que esta não será uma luta fácil, mas, quem sabe,
o fato raro de se unir muita gente boa em
Tabira em busca de um objetivo comum pode ser possível derrubar os obstáculos. Eu, o Radialista Vagner Leandro e o Blogueiro Antonio de Du, do núcleo dirigente
do PC do B de Tabira, estivemos presentes nesta luta dando também o nosso apoio.
Abaixo você vai ler a nossa opinião
sobre a questão, um resumo das polêmicas dos debates e ver mais fotos do evento.
Uma lição que se pode tirar deste episódio do matadouro é
que só com muita luta e união se consegue
as coisas para Tabira, mas esta luta do matadouro está começando agora. O
ex-Prefeito Édson Moura, único dos ex-convidados presente à reunião, disse uma frase, ratificada pelas autoridades
e lideranças presentes, que “as divergências políticas fizeram
Tabira não crescer”. Ele citou outros
casos de cidades que estacionaram no tempo por este mesmo motivo e citou também
o caso de Afogados da Ingazeira que conseguiu crescer mediante a união dos
políticos locais e da população. Das medidas citadas a primeira coisa que deve
ser feita “é o projeto do matadouro” disse ele, que
ficou a cargo da prefeitura, “sem projeto a coisa não anda”, afirmou.
A questão do leilão dos terrenos ociosos da prefeitura, a
princípio, parece uma coisa boa, mas o Vereador Edmundo Barros chamou a atenção para as dificuldades que se tem em achar
compradores a curto prazo, pois para ele “a situação está difícil para se
adquirir dinheiro com a crise”.
O problema das emendas parlamentares é que elas seriam encaminhadas, “se forem”, este ano e os
recursos só sairão para o ano, “se saírem”, afirmaram alguns presentes. Logo para Marcos Crente, Presidente da Câmara e líder
dos Marchantes, “o problema é urgente e precisa de dinheiro e, ninguém resolve nada sem ele”. Para isto propôs
a questão dos terrenos que foi aprovada em primeiro plano. Ele ainda apoiou as outras propostas de soluções de curto prazo.
A questão que considero mais polêmica é a terceirização da
arrecadação do curral do gado, segundo a proposta do Secretário Flávio Marques,
“esta espécie de concessão seria feita por um prazo de 10 anos”. Segundo
alguns presentes “a arrecadação da feira feita pela prefeitura não bate com a
quantidade de animais que são abatidos em Tabira, alguma coisa está errada”. Para
Adeval Soares, que coordenou a reunião, “os
recursos arrecadados neste prazo de 10 anos seria muito superior ao que se gastaria
com a construção do matadouro”. Flávio
Marques opinou ainda que o poder público nesta matéria de arrecadação é ineficiente. Neste
aspecto eu respeito a sua opinião, mas discordo dele, pois sempre defendi,
embora haja exceções, que o poder
público pode ser tão eficiente, ou mais, do que a iniciativa privada, é tudo uma
questão de boa gestão.
Das medidas propostas, a minha humilde opinião, é que a do
empréstimo que deve ser feito pela prefeitura, aprovado pela Câmara, cujos
vereadores presentes se prontificaram a apoiar, talvez seja
a mais viável a curto prazo. No entanto todas as propostas aprovadas na
reunião devem continuar a serem analisadas, pois a questão exige urgência.
Segundo alguns marchantes “a carne vinda de Afogados, muda de cor, fica muito
ligada e algumas pessoas de Tabira já
estão falando em deixar de comprá-la”.
A outra possibilidade aventada na reunião foi a utilização
do jurídico da Prefeitura para atuar com recursos nesta questão. Penso que
talvez seja uma necessidade nesta luta, pois quem sabe, não se conseguiria uma autorização temporária da Justiça para os animais serem abatidos em Tabira
enquanto o matadouro seria construído? Para
Marcos Crente “a solução está na justiça, é preciso acionar o jurídico da
prefeitura, pois é possível provar que os animais podem ser abatidos aqui”. Para ele “o Promotor precisa tomar
conhecimento da situação real da carne que está chegando a Tabira”.
A grandeza dos homens públicos e das lideranças de Tabira está em colocar os
interesses do município acima dos seus interesses particulares, sem para isto ser
necessário abdicar das divergências políticas e ideológicas. As autoridades que faltaram a reunião foram criticadas por vários presentes. A iniciativa do prefeito Sebastião Dias não pode
ser encarada simplesmente como uma tentativa de aplacar um certo desgaste politico como gestor ou um
mero interesse político eleitoreiro, pois a eleição ainda é para o ano. Embora cada cidadão
presente “tenha vendido o seu peixe”, falando
do provável apoio a esta luta pelos seus deputados, três lições precisamos tirar
deste episódio: a primeira é que só se consegue as coisas para Tabira com muito
trabalho da gestão da Prefeitura, esta precisa acelerar as coisas e levar o projeto a Brasília"; a
segunda é que por intermédio das diversas
formas de lutas é que alcançaremos as vitórias e a terceira é que “a união faz
a força” independente dos nossos interesses pessoais.
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