Nesta terça-feira (27), comemora-se o 70º aniversário da libertação do campo de concentração Auschwitz-Birkenau, na Polônia. Centenas de sobreviventes do campo de extermínio, mantido pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, participam de eventos que lembram também a morte de milhares de pessoas, especialmente judeus.
Em 27 de janeiro de 1945, as forças do Exército Vermelho, da União Soviético, libertaram os campos de concentração de Auschwitz-Birkenau – um complexo de campos de concentração, onde foram mortos de 1941 a 1945, aproximadamente, um milhão e quatrocentas mil pessoas, das quais um milhão e cem mil judeus. Além disso, poloneses ciganos, prisioneiros de guerra e comunistas também perderam suas vidas.
O campo foi construído pelas forças alemãs em 1940 para ser um lugar de encarceramento de cidadãos poloneses. A partir de 1942, o local transformou-se no complexo principal da política de extermínio do regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
No momento da libertação, restavam somente 7.600 prisioneiros vivos, dos quais 200 crianças em idade de 6 a 14 anos.
Os nazistas iniciaram o processo de evacuação de Auschwitz em 17 de janeiro de 1945, quando estariam no campo de concentração cerca de 56 mil prisioneiros. Entre 9 mil e 15 mil pessoas morreram durante a evacuação.
Dez dias depois, o complexo de concentração e de extermínio de Auschwitz-Birkenau, no Sul da Polônia (a cerca de 60 quilômetros de Cracóvia), foi libertado pelas forças do Exército Vermelho, da União Soviética.
Estima-se que nas batalhas por Auschwitz-Birkenau morreram entre 234 e 350 soldados e oficiais do Exército Vermelho. As perdas soviéticas ultrapassaram um milhão e cem mil militares, dos quais 260 mil mortos e 860 mil feridos e doentes. Ao todo, foram 26 milhões de pessoas da União Soviética que participaram ativamente das batalhas na Segunda Guerra Mundial.
Chefes de Estado e representantes de cerca de 40 países também participam das homenagens, no local, em virtude da data que ficou conhecida mundialmente como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Entre os países cujos os líderes participam das comemorações estão Alemanha, França, Polônia, Áustria, Ucrânia, Bélgica, Holanda, Vaticano e Estados Unidos.
No entanto, a ausência do presidente russo, Vladimir Putin, é a mais sentida. Apesar da libertação Auschwitz ter ocorrido em virtude da intervenção do Exército soviético, as autoridades da Polônia não consideraram necessária a sua presença.
O Kremlin lamentou que Putin não tenha recebido um “convite oficial” para as cerimônias, mas o governo confirmou, mesmo assim, que a Rússia estará representada pelo chefe da administração presidencial, Serguei Ivanov.
O Museu de Auschwitz-Birkenau foi aberto em 1947 nas instalações do antigo campo de concentração, que foi declarado Patrimônio da Humanidade da Unesco em 1979, passando a ser um dos principais símbolos do Holocausto em todo o mundo. Atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas visitam anualmente o museu.
Com informações da Voz da Rússia e da Agência Brasil
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