Por Dedé Rodrigues.
Paulo Vinícius cita numa matéria sobre o MPL que:
Mao dizia que basta
uma fagulha para incendiar uma pradaria. Nunca sabemos quando um fato, um
símbolo, acenderá as paixões das ruas. Quando isso acontece, dias valem anos de
aprendizado e de tempo histórico, a realidade muda rápida e
impressionantemente, e sempre se coloca a questão de como dirigir essa grande
luta às vitórias.
O que devemos aprender com esses movimentos, mas também ensiná-los?
Os recentes
protestos de ruas servem como aprendizado para nossa jovem e frágil democracia
e também para os tradicionais partidos Políticos, entidade e instituições que,
no geral, respeitando as devidas proporções, encontram-se contaminados pelo câncer da burocracia. Mesmo assim, o ensinamento de Mao serve para que as forças de esquerda no
Brasil reflitam sobre a sua prática e envolvam-se mais nesses movimentos para
aprender com eles, mas também educa-los. Segundo Vinícius o movimento:
Questiona a política
brasileira, na crítica à corrupção e aos partidos. Diante dos dilemas de dez
anos de governos de centro-esquerda, essa crítica não tem apenas a versão que
interessa à direita, que descaradamente assume ares golpistas e quer dirigir o
movimento. Temos de denunciar que a imprensa golpista e da ditadura quer
disputar a agenda de luta do povo, denunciar seu golpismo! Mas também temos de
ouvir a exigência de maior nitidez na aliança política que leve o Brasil à
solução efetiva dos dilemas do desenvolvimento, incluindo o bem estar do povo
como sua prioridade. Temos que enfrentar o tema da Reforma Política e da
construção de maioria, disputando de modo mais nítido a consciência da Nação.
Desse modo, é indispensável à máxima amplitude e unidade do nosso campo, e uma
Reforma Política que dê poderes ao povo nas eleições, e não apenas aos ricos.
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