Por Dedé Rodrigues.
O povo japonês elegeu os conservadores nas eleições do
último domingo, dia 15 de dezembro. Segundo os jornais o PLD era liderado pelo ex-primeiro-ministro Shinzo
Abe e obteve 294 das 480 da câmara baixa do parlamento, e seus aliados do Novo
Komeito, em torno de 35 cadeiras, o que garante a maioria absoluta aos
conservadores, segundo a TV estatal NHK. O Partido Democrata do Japão, no poder
há três anos, conseguiria apenas de 55 a 77 deputados, contra 308 em 2009. A
matéria ainda diz: “Shinzo Abe fez uma campanha na qual esboçou uma linha mais
dura na política externa, em um momento de tensão com as autoridades chinesas
por uma disputa sobre um grupo de ilhas no Mar da China Meridional”. Isso deve
pioraras relações com a China colocando a paz em risco na região. Conforme mais dados “Mais de 100 milhões de
japoneses estavam registrados para escolher os 480 deputados da câmara baixa,
que por sua vez elegerão o primeiro-ministro que governará uma nação com
demografia envelhecida, poderosa economicamente mas em recessão e com uma
diplomacia fragilizada ante o gigante chinês”.
A crise do sistema capitalista neoliberal atingiu o Japão
também e o eleitorado em vez de marchar para a esquerda foi para a direita.
Apesar de ser cedo para fazer uma análise melhor do futuro não se pode esperar
grande mudanças com os conservadores, até por que segundo informações o Japão
teve um aumento de dívida gigantesco (mais de 200% do PIB). O PDJ havia vencido graças a promessas
generosas: escolaridade gratuita no ensino secundário, ajudas familiares,
redução de impostos, imposto ao consumidor sem aumentos e supressão dos
pedágios nas estradas”. Essas promessas
que confrontam o neoliberalismo, pelo resultado, não foram cumpridas a contento pelos
democratas e dificilmente serão uma realidade para o povo do Japão no próximo
governo direitista. “É votando que o eleitor aprende a votar”, isso deve valer
também para os japoneses.
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