No dia 21/12/2012 muitas foram as especulações com a simbologia do fim do calendário maia. Para alguns, a data marcaria o fim do mundo, para outros, tratava-se de uma data mística devido ao alinhamento total dos planetas. No México, no entanto, os descendentes maias valeram-se da data e, em absoluto silêncio, milhares de zapatistas deixaram suas comunidades nas montanhas de Chiapas e tomaram pacificamente as ruas de San Cristobal de las Casas, Ocosingo e Las Margaritas.
Da Redação do Vermelho,
com agências
Com as bandeiras da EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) e do México, os indígenas, vestindo máscaras, voltaram a se manifestar depois de 19 anos de silêncio. O sigilo sobre o ato foi mantido até a véspera e o ato surpreendeu os mexicanos. Homens e mulheres, na sua maioria jovens, passaram sobre o templete (pequeno templo) em cada cidade e levantaram o punho. Essa foi a expressão mais simbólica de todo o ato.
No final do dia foi divulgado um comunicado oficial do líder máximo do EZLN, Subcomandante Marcos, dizendo apenas: “A quem interessar possa. Escutaram? É o som do seu mundo caindo. E o do nosso mundo ressurgindo. O dia que foi o dia era noite. E noite será o dia que será o dia. Democracia! Liberdade! Justiça!
A música Como a cigarra (Como la Cigarra) de María Elena Walsh, interpretada por Mercedez Sosa acompanha o comunicado. A letra fala em persistência, força e renascimento. “Tantas vezes me mataram, tantas vezes morri, no entanto estou aqui ressuscitando (…) Cantando ao sol, como a cigarra, depois de um ano debaixo da terra, igual a um sobrevivente que volta da guerra”.
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