(por Sandro Ferreira)
Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima, ou simplesmente Marina Silva, é ambientalista por vocação, pedagoga por formação e política “pela motivação de servir”,como define. Foi senadora pelo Acre durante 16 anos. Foi ministra do Meio Ambiente no Governo Lula e em 2010 se candidatou à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), obtendo quase 20 milhões devotos. Agora, corre o Brasil para divulgar a proposta de seu novo partido, o Rede Sustentabilidade, e arrecadar assinaturas para o registro da legenda. Na semana passada ela esteve em Feira de Santana, cumprindo uma vasta agenda, política e pessoal. Dentre os compromissos, visita à sede da Igreja Assembléia de Deus e coletiva à imprensa.
A senhora tem outra alternativa, caso o Rede não consiga o seu registro definitivo no TSE?
Estou confiante que conseguiremos o registro no TSE.Tenho fé e se Deus quiser conseguiremos, sim. Estou percorrendo todo o Brasil, justamente com o objetivo de apresentar as propostas do novo partido. Ainda não pensei num plano B. Não posso remar com os pés em duas canoas. E se não conseguirmos o registro agora,conseguiremos depois.
Como a senhora definiria a política no Brasil atualmente?
Estamos vivenciando um sistema político estagnado. Eu passei 30 anos dentro do Partido dos Trabalhadores (PT),mas sem um alinhamento programático. A Rede é um partido novo, com perspectivas diferentes. O momento é de coleta de assinatura e não de filiação. A Rede tem como uma das principais diretrizes o financiamento público da campanha. O processo agora é esse e estamos tendo uma boa aceitabilidade, até porque na última eleição foram quase 20 milhões de votos e isso com certeza será levado em conta. Até o final de 2013 acredito que o Rede será registrado. O partido é quem vai definir se haverá candidatura ou não. Existe a possibilidade de ter candidatura, sim. Mas antecipar eleição é atrasar a vida política. Nem bem terminamos aeleição para prefeito e já estamos falando em eleger presidente.
Qual o seu posicionamento quanto ao combate à corrupção no país?
Apesar de tudo que temos visto, existem políticos bons,sim. Eduardo Suplicy, Paim, dentre outros, são políticos que fazem a diferença no cenário político. A corrupção deve ser encarada como um problema de todos e não do partido A ou B. Quando o combate à corrupção se tornar um problema de todos, com certeza veremos grandes transformações.
A senhora defende muito as questões ambientais. Qual a sua proposta para a área de educação, por exemplo.
Comecei minha luta em defesa do meio ambiente aos 17 anos de idade, porém não pretendo defender somente esta área, mas todas. Quero deixar bem claro que não defendo só política ambiental. Fui alfabetizada aos 16 anos de idade e defendo a educação em tempo integral no conceito abrangente. Somente 7% do orçamento são para a educação. Sem uma educação de qualidade não se chega a lugar nenhum.
Qual a principal motivação para se tornar presidente da República?
Minha principal motivação para ser presidente da República é o desejo de servir. Eu nasci numa comunidade onde o serviço representava tudo. Minha mãe era costureira, minha avó era parteira, meu pai e meu avós sempre serviram à comunidade. Ao conhecer o Sermão da Montanha pude compreender o real sentido de servir.Acredito que é isso que me move para continuar desejando me tornar um dia presidente da República e encaro isso com muita responsabilidade.
fonte: www.bahianapolitica.com.br
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