quarta-feira, 29 de maio de 2013

TIÃO LUCENA DETALHA ASSALTO EM PRINCESA IZABEL.


Um bando armado invade a doce a aprazível Princesa, assalta três bancos, uma agência dos Correios, duas escolas, a sede do Ministério Público, pinica a cidade de balas, espalha o caos, desmoraliza as autoridades, incendeia carros e vai embora sem sofrer um arranhão. Isso aconteceu, não se trata de lenda ou ficção policial. O dia de cão vivido por Princesa ficará marcado nas mentes e peles dos cidadãos e cidadãs princesenses, como ficou a guerra de 30, aquela de Zé Pereira contra os soldados de João Pessoa, com uma diferença: a desta semana não passou de uma ação bandida de assaltantes crentes na impunidade; a de 30 representou o brado heróico de uma gente que não aceitou ser escrava.
Do episódio desta semana ficou a lição: não estamos bem na área de segurança pública, as estatísticas do secretário Cláudio Lima não batem com a realidade e por isso a estratégia de combate ao crime deve ser repensada.
Diz o Sindicato dos Bancários que as explosões aos caixas eletrônicos, este ano, nesses primeiros seis meses de 2013, cresceram 160 por cento em relação ao ano passado. As explosões ocorrem em cadeia, vêm do interior e entram na Capital com uma facilidade espantosa. A polícia, coitada, corre atarantada de um lado para outro, tentando fazer o máximo sem conseguir realizar o mínimo. Se não bastassem as execuções diárias dos envolvidos com o tráfico, agora são os assaltos, as explosões, as invasões, a desmoralização dos poderes constituídos, o terror como o vivido pelo povo de Princesa.
A segurança tem mostrado serviço, não podemos negar. Tem prendido bandidos, também é inegável.Mas alguma coisa está faltando, um parafuso está fora da porca em algum lugar. Isso também é uma realidade. Meus conterrâneos do sertão dizem, por exemplo, que a Segurança disponibilizou apenas três viaturas policiais para cobrir as ocorrências que vão desde Manaíra até Água Branca. Isso é um absurdo e disso tomam conhecimento os bandidos. A ousadia de terca-feira é uma prova. Os bandidos estavam tão certos da impunidade que formaram um bando em Pernambuco, penetraram em Princesa, casaram, batizaram, roubaram, atiraram e fugiram. Agora 50 homens da polícia paraibana, outro tanto da pernambucana, correm atrás do prejuízo. Mas não teria sido melhor prevenir do que remediar?
Vamos aguardar a fala do secretário da Segurança. Tomara que desta vez ele não traga os gráficos.
 

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