Milhares de veteranos estadunidenses em situação precária
Centenas de milhares de veteranos de guerra passam atualmente por uma difícil reinserção social nos Estados Unidos, golpeados pelo desemprego, altas taxas de suicídio e desatenção de entidades privadas ou estatais.
Enquanto o país comemora o Memorial Day (feriado em honra aos militares caídos), são divulgadas estatísticas que revelam o suicído de cerca de 22 veteranos por dia no país, fazendo com que o índice relativo tenha se elevado em 20% desde 2007.
A taxa de desemprego entre os ex-combatentes se mantém 2 pontos percentuais acima da média nacional, que está agora em 7,6%, enquanto que muitos antigos militares se viram obrigados a viver nas ruas, lembra o periódico Philadelphia Inquirer.
O presidente Barack Obama colocou à disposição neste mês um novo sistema de créditos para as empresas americanas que vierem a contratar veteranos, e a Câmara do Comércio explicou que mais de 200 mil pessoas devem se inscrever neste programa até 2017.
Ao redor de 208 mil veteranos se encontravam desempregados em abril deste ano, segundo os dados mais recentes do Birô de Estatísticas do Trabalho (BET, na sigla em inglês).
De acordo com a fonte, o problema ameaça piorar porque estima-se que um milhão de soldados deverão deixar o serviço ativo durante os próximos cinco anos, se incorporando a um mercado trabalhista deprimido.
A Organização Não Governamental Hiring Our Heroes destacou que muitos ex-militares permanecem desempregados porque têm dificuldades para transferir suas experiências para o campo civil ou por preconceito de empregadores em relação a pessoas que participaram de conflitos bélicos.
Segundo o BET, o desemprego dos veteranos entre 25 e 34 anos é hoje de 10,6% e de preocupantes 20,4% para aqueles com idades compreendidas entre 18 e 24 anos.
Em 14 de maio passado o Pentágono confirmou que nos próximos meses grande parte de seus 800 mil empregados civis serão colocados em disposição de ausência (desligamento temporário), em consequência de um bloqueio de capital ditado pelo regime.
Um comunicado do secretário de Defesa, Charles Hagel, revelou que esses trabalhadores passarão por esse desligamento por pelo menos 11 dias, período em que não receberão salários.
"Analisamos diferentes cenários e um conjunto de opções antes de tomar essa decisão, ninguém está feliz com isso, mas a instituição tem poucas alternativas para economizar dinheiro", indicou Hegel em uma nota de imprensa lida por porta-vozes da secretaria.
O Pentágono, entre outras agências governamentais americanas, foi afetado desde o 1º de março, quando uma resolução da administração federal cortou ÚS$ 43 bilhões do orçamento militar.
Fonte: Prensa Latina
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