quinta-feira, 6 de junho de 2013

Disputa duríssima para a câmara federal em Pernambuco



Previsões de quem entende do assunto asseguram que a luta por uma vaga de deputado federal na bancada pernambucana será a mais dura da história. 

Motivos não faltam, mas a principal variável talvez seja o surgimento de novos postulantes em microrregiões como a Mata Norte e o Sertão, o que desmonta os apoios a nomes tradicionais que hoje têm mandatos. 

Em 2014, o quociente eleitoral médio para deputado federal será algo em torno de 91 mil votos válidos - 7,9% maior que o da eleição passada. A título de comparação, em 2010, apenas quatro dos 25 deputados federais eleitos tiveram votações compatíveis com o quociente: Ana Arraes (PSB, 387 mil), Eduardo da Fonte (PP, 330 mil), João Paulo (PT, 264 mil) e Inocêncio Oliveira (PR, 198 mil).

Os demais precisaram dos votos da coligação para conquistar os mandatos.

O que complica o quadro é que prefeitos como Marinaldo Rosendo (PSB, Timbaúba) e Ricardo Teobaldo (PSDB, Limoeiro), que pensa em deixar o partido, e ex-prefeitos como Zeca Cavalcanti (PTB, Arcoverde) chegam com força e podem atrapalhar os planos de deputados federais que vão disputar a reeleição.

Há muita expectativa sobre a redistribuição dos votos, por exemplo, que tornaram a agora ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes a mais votada deputada da história de Pernambuco.

Mas a negociação desse espólio, a ser comandada pelo governador Eduardo Campos, não implica na existência de exatos 387 mil votos à disposição dos candidatos preferenciais da Frente Popular. Muitos se diluem, sem contar que há eleitores que mudam de lado.

A mesma lógica prevalece no caso de Eduardo da Fonte (PP) decidir ir para majoritária: ele não terá o controle absoluto sobre os 330 mil votos obtidos há três anos.

E a indefinição sobre a sucessão pernambucana só faz complicar esse cenário de briga de foice no escuro.

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