Por Dedé Rodrigues.
O poeta Zé de Mariano publicou um livro intitulado Visão Sertaneja e me fez uma dedicatória em 13 de setembro de 2008 e, na capa do livro, tinha esta mensagem sobre o Sertão... "Mas apesar da pobreza, não escondes a beleza que tens ao quebrar da barra". Como parte das minhas homenagens a este grande tabirense, poeta e companheiro de lutas escolhi este soneto da página 107 do seu livro para relembrá-lo neste momento trágico e muito triste para os tabirenses e, particularmente, para os seus familiares.
Ah! Como será o meu amanhã?
Eu serei nobre, aplaudido, feliz?
Não quero a sorte de algum talismã,
Só quero apenas o que sempre quis.
Não quero a fama constrangendo fã,
Quando esta fama não mostra o que fiz;
Nem quero a casca podre da maçã
Pra que mais tarde possa pedir bis.
Quero ser da paz, rios de grandezas,
De honestidade e ser rico em belezas
E ser o maior exemplo de vida.
Pra quando algum dia ao me despedir,
Deixar com vocês, sem os ressentir,
A minha presença, mesmo na partida.
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