domingo, 16 de agosto de 2015

COMO ANDA O GOLPISMO E A RESISTÊNCIA A ELE NO BRASIL?

REFLEXÃO DA SEMANA Nº 19

Por Dedé Rodrigues.

Bom dia meus amigos e minha amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Toda semana a gente denuncia neste programa como a mídia hegemônica e golpista, a direita  e a justiça partidarizada atacam o governo petista e a democracia no Brasil. Aqui divulgamos também como está a reação da sociedade organizada a este golpismo desenfreado.  


Começando pela resistência ao golpismo,  na sexta-feira passada dia 14, por exemplo, lideranças sindicais da CTB, Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central e CSB se uniram para assinar um manifesto, por meio de seus principais sindicatos, em defesa da democracia e pelo respeito ao mandato legitimo da presidenta Dilma Rousseff.

Repelindo a política do quanto pior, melhor, da oposição, as lideranças enfatizaram que o momento político atual “exige diálogo, compromisso com o país, com a democracia e com a necessária afirmação de um projeto de desenvolvimento nacional ancorado na produção, em uma indústria forte, um setor de serviços dinâmico, um comércio vigoroso, uma agricultura pujante e em um Estado indutor e coordenador das estratégias de crescimento econômico e de desenvolvimento social”.


Na quinta dia 13, lideranças sindicais e dos movimentos sociais se reuniram com a presidenta Dilma, no Palácio do Planalto, em um ato para reafirmar o apoio ao seu governo e repelir os intentos golpistas da oposição e ela disse:  “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”, garantiu a presidenta.


Em Tabira a frente ampla criada este mês já tem uma atividade marcada para o dia 20 na sede da AUNIFIC na COHAB. É o povo acordando em todo o Brasil para resistir, meus amigos.   


Do lado do golpismo a Globo teria diminuído a convocação para a marcha golpista deste dia 16, alimentando muitas especulações entre as forças progressistas, alguns até achando que ela teria desistido do golpe. Será? Para Miguel do Rosário em seu blog a coisa não é bem assim, segundo ele:


1) A Globo traçou uma estratégia para se blindar de acusações de golpismo. Ou seja, ela promove o golpismo até o limite, está por trás de todo o jogo de delações e notícias manipuladas e vazadas criteriosamente, mas não quer forçar um golpe antes do dia 16. Na verdade, não é muito diferente da estratégia de 64. Os golpistas sabiam que tinham que oferecer demonstrações de apoio popular, e por isso organizaram as marchas contra o governo que antecederam o golpe de 64.

2) A Globo está satisfeita com a atual conjuntura. José Dirceu destruído, Lula debilitado, movimentos fascistas em ascensão. A emissora nunca teve tanto poder político. Para ela, melhor continuar assim. Um processo de impeachment, uma desestabilização além da conta, deflagraria forças incontroláveis. A pressão dos grandes grupos industriais, que seriam os primeiros a serem varridos numa conjuntura de caos econômico e político, pode ter convencido a Globo a não ir adiante em sua pregação golpista.

De qualquer forma estando Miguel do Rosário certo ou não, para nós é pura ilusão imaginar que a Globo desistiu de fazer a roda da história no Brasil andar para trás. É ilusão pensar que ela vai querer que os trabalhadores continuem tendo ganhos. A grande marcha das mulheres que reuniu em torno de 70 mil delas em Brasília, por exemplo,  foi, em certa medida, criminalizada pela emissora golpista. Ela só mostrou os aspectos negativos ou transtornos no trânsito que inevitavelmente uma grande manifestação como essa causa.

Daí porque achei importante citar na minha reflexão como conclusão dela, o trecho final da matéria do Notas Vermelhas que diz o seguinte sobre a cobertura da globo na marcha das Margaridas:


Isso não é à toa. Esta é uma marcha de mulheres de luta, que em plena tempestade conservadora têm a coragem de levantar, bem alto, bandeiras em defesa dos direitos sociais e da democracia. Nossa apodrecida mídia hegemônica não poderia realmente dar a este digno ato a repercussão que seria merecida em uma comunicação livre das nuvens carregadas pela direita e pelo neofascismo. Diante disso, pode parecer que a luta das margaridas é vã. Porém, tempos ruins causam estragos, podem até fazer com que se perca uma lavoura, mas as margaridas continuam sempre florescendo, até que um dia a primavera termina inevitavelmente por vencer o céu nublado.


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