Chama a atenção a intensa movimentação da Presidenta Dilma Rousseff, que vem protagonizando uma série de ações visando superar a crise.
Por Wevergton Brito
Estas movimentações já começam a gerar seus primeiros frutos e o ambiente político, ainda carregado de ameaças à democracia, principia, no entanto, a desanuviar lentamente.
Tem sido fundamental, neste sentido, a correta compreensão da Presidenta sobre a necessidade de ampliar sua base de apoio político.
Não tem outro significado as constantes reuniões de Dilma com governadores, prefeitos e parlamentares. Nesta segunda-feira (17) mais uma vez a presidenta estará reunida com representantes da Câmara.
Vai crescendo a percepção, até entre os setores conservadores, que um golpe, mesmo travestido de uma capa de legalidade, traria consequências nefastas e o cenário de instabilidade poderia fugir ao controle do consórcio oposicionista, que reúne mídia empresarial, mercado financeiro e partidos de direita.
Isto está ligado, porém, à ampliação da atividade política que a partir da presidência, vem contribuindo para isolar o discurso golpista, inclusive externamente.
O encontro com o primeiro-ministro chinês Li Keqiang, quando se anunciaram importantes parcerias econômicas, a viagem da presidenta a Washington, México e para a o encontro de cúpula do Brics, na Rússia, mostram um governo que goza de prestígio e influência internacional, o que torna ainda mais difícil viabilizar o golpe.
Internamente, a presença ativa do vice-presidente Michel Temer na pasta da articulação política, e a recente apresentação de uma agenda, chamada “agenda Brasil”, iniciativa do presidente do Senado, Renan Calheiros, são sinais positivos que permitem vislumbrar a superação da crise que, em dado momento, muitos analistas consideravam irreversível.
Em ação
Desmentindo, na prática, o discurso catastrofista que pretendia irresponsavelmente transformar a crise econômica em colapso, o governo vem dando provas de capacidade de reação, como foi o caso dos lançamentos do Programa Minha Casa Minha Vida 3, que fará 3 milhões de casas populares até 2018; do Plano Safra da ordem de R$ 224,4 bilhões,; do Plano de Exportações e do Plano de Concessões do governo federal que visa nos próximos anos atrair mais de R$ 190 bilhões em investimentos privados, sobretudo nos setores de infraestrutura e logística. Outra medida relevante foi o aumento de 15% para 20% da alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido recolhido por instituições financeiras e repatriação de recursos mantidos no exterior.
“Nunca mudei de lado”
A presidenta também vem empreendendo um grande esforço para se aproximar diretamente da população. Assim, Dilma tem viajado pelo país e tem sido recebida com carinho pelo povo. Recentemente o governo lançou o programa “Dialoga Brasil”, que oferece à população a oportunidade de apresentar ao executivo, através de uma plataforma digital, propostas e críticas. Apenas nos primeiros quinze dias foram mais de um milhão de visitas e oito mil propostas apresentadas. Dilma também tem se reunido com o movimento social, como aconteceu nesta última quinta-feira (13).
Tudo isso mostra que a época da inação passou, e apesar da persistência da crise, que pode sempre ganhar novos e inesperados elementos, o que se vislumbra é uma positiva retomada da iniciativa política, que tem sido alvissareira.
A continuidade e o fortalecimento desta contraofensiva são fundamentais para que o país retome o caminho do desenvolvimento com distribuição de renda, derrotando a pauta conservadora, o que só será possível com apoio popular e esta é uma importante dimensão das manifestações do próximo dia 20.
Como afirmou a presidenta, na reunião com os movimentos sociais: “Eu sei de que lado estou. Eu costumo dizer que na minha vida eu mudei muito. A gente erra, aprende e vai mudando. Melhorei, mudei e alguns podem falar: ela piorou. Mas uma coisa eu afirmo: eu nunca mudei de lado”.
Do Portal Vermelho
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