No encontro
que houve para debater a educação na Câmara de Vereadores, 24\04, o primeiro
que foi convidado para usar da palavra fui eu. Na minha intervenção procurei debater
as reivindicações mais gerais que a CNTE coloca na pauta dessa luta tais como:
o pagamento do piso nacional de salários, o novo plano de educação do Brasil, 100% dos royalties do pré-sal para educação e também
10% do PIB brasileiro para educação etc. A minha preocupação foi, com base no método
dialético, mostrar aos presentes a relação que há entre educação e desenvolvimento
para confirmar a máxima acima de que “não haverá desenvolvimento para todos no
Brasil enquanto os governantes não atenderem as nossas reivindicações”. Com
base nessa hipótese, quero apresentar duas conclusões nessa matéria: A primeira
se inspira nas conquistas históricas que foram produtos das lutas sociais e,
essa greve de três dias, é a continuidade dessas lutas. A segunda é que o
Brasil só será desenvolvido se a gente conquistar as reivindicações que lutamos
por elas.
Diz um
preceito cristão que “prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão”.
Com base nessa frase há dois mil e treze anos o cristianismo é difundido pelo
mundo a fora para cultuar a figura maior da religião católica que é Jesus
Cristo. E se a vida é o bem maior de um ser humano, vale lembrar com base na
História, que milhões de outras pessoas, heróis não citados nos livros nem lembrados
pela elite, deram as suas vidas pela causa da liberdade e dos direitos humanos.
Onde estão os heróis atuais? Eles estão
no meio de todas as lutas que são travadas na atualidade para mudar, desde o
local onde vivem, até os seus países e o próprio mundo. Os heróis também estão
entre os professores que pararam nesses três dias no Brasil. Eu me orgulho dos
professores dos meus dois filhos que pararam conosco, pois não há exemplo maior
de cidadania do que ela ser exercida na prática. É fácil falar em cidadania na
sala de aula, mas se “as palavras convencem, os exemplos arrastam”.
O que tem a
ver essa introdução anterior com a sequência da minha matéria? É que nós somos a continuidade desse legado de
lutas e conquistas deixado pelos nossos ancestrais. Não fomos nós que
inventamos a luta de classes, nem mesmo Marx, que descobriu que ela é o motor
da História. A relação entre patrão e empregado, governo e trabalhadores sempre
foi conflitante nas sociedades divididas em classes sociais. Será com Sebastião
Dias aqui em Tabira, com Eduardo no Estado de Pernambuco e com Dilma na presidência
da República. O que diferencia esses governantes
é o tratamento que eles têm e terão com a categoria nesses momentos de conflitos.
Na esfera nacional está havendo diálogo com a categoria e a presidenta Dilma já
sinalizou 100% dos royalties do petróleo para a educação. No
Estado o diálogo com o Governador Eduardo Campos não é satisfatório e ele ainda
“pisa na bola” com a categoria quando ameaça o não pagamento dos dias parados.
Na esfera municipal Sebastião Dias nem no debate apareceu e já há diversas denúncias
de perseguição e retrocessos em pouco mais de três meses na educação do município.
Por fim, a
postura dos governantes citadas acima dar razão aos meus argumentos sobre a necessidade
da luta dos trabalhadores em educação para arrancar essas conquistas gerais
citadas na introdução dessa matéria. Os governantes, em vez de perseguir, deveriam
nos agradecer por estarmos lutando por mais recursos para eles mesmos
gerenciarem. E concluindo, não há como desenvolver esse país com o tipo de educação
que ofertamos aos nossos alunos devido aos poucos investimentos que estão sendo
carreados para esse setor no Brasil. Eu poderia citar muitos entraves pela
falta de investimentos a essa educação que queremos e que, sem ela, não teremos
também uma nação desenvolvida para todos. Mas vou deixar para as próximas matérias a começar pela de Joel Mariano.
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