(por Sandro Ferreira)
O governo conseguiu aprovar ontem, na Câmara, o projeto de lei 4470/12, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que acaba com o fundo partidário e o tempo de TV para os novos partidos. Como já havia sido afirmado neste espaço, é um golpe contra a democracia para inibir o fortalecimento e a estruturação legítima de novas forças políticas, como a Rede Sustentabilidade. Mas não vamos nos calar, nem diminuir o ritmo da coleta de assinaturas para a formalização do partido.
Apesar de ter maioria, o governo enfrentou mais de 12 horas de sessão, durante as quais parlamentares do PSDB, PPS, PV, PSB, PSOL e PMN lutaram bravamente para que o projeto não fosse aprovado. Entre eles estava Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos fundadores da Rede. “Foi um causuísmo abjeto e safado”, comenta ele.
Na próxima semana, o projeto volta à Câmara para a votação de destaques. Depois disso, segue para o Senado.
"Continuaremos essa batalha no Senado, no STF e, principalmente, nas ruas para que a liberdade política e de organização partidária sejam preceitos pilares da sociedade brasileira", afirma Walter Feldman (PSDB-SP), um dos fundadores da Rede.
O esclarecimento sobre as manobras que estão sendo feitas e a manifestação da sociedade contra uma postura golpista do governo é fundamental neste momento, tanto para evitar que o projeto de Edinho Araujo seja aprovado no Senado, como para garantir que uma verdadeira reforma política entre na pauta da Câmara.
A Rede Sustentabilidade reafirma que acredita que o Congresso Nacional deve discutir uma reforma política de verdade. Uma reforma que enfrente os temas realmente importantes para o aprofundamento da democracia e da participação popular nas decisões políticas, que discipline o financiamento de campanhas eleitorais, que acabe com os privilégios de parlamentares e o monopólio dos partidos políticos sobre as candidaturas e tantas outras questões fundamentais para melhorar a qualidade da representação política da sociedade nos espaços institucionais.
fonte: www.brasilemrede.com.br
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