“Só no socialismo é possível dar paz e dignidade ao povo”. Mais que uma retórica, a expressão, vinda do primeiro presidente trabalhador e chavista da Venezuela, Nicolás Maduro, é um convite à ação. Em seu discurso, afirmou que em seu governo será feita a revolução dentro da revolução, fazendo um chamado à eficiência e ao combate à corrupção. A festa começou nas primeiras horas do dia e seguiu, noite adentro, com queima de fogos e músicas revolucionárias.
Por Vanessa Silva, de Caracas
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Em cinco meses, o povo jurou fidelidade e amor ao processo revolucionário do país três vezes. A primeira quando, estando Hugo Chávez em Cuba para tratamento de um câncer na região pélvica, o povo, nas ruas, jurou perante à Constituição e teve início o último e efêmero mandato de Chávez, interrompido por ocasião de sua morte, quando novamente os venezuelanos juraram que honrariam seu legado e elegeriam Nicolás Maduro. Nesta sexta-feira (19), perante a Assembleia Nacional, Maduro se juramentou tendo ao seu lado o mesmo povo bolivariano que em 1998 elegeu Hugo Chávez pela primeira vez.
Presidente de uma democracia participativa, Maduro sabe que o povo é seu maior capital e prometeu “aprofundar o modo de vida socialista por meio das comunas, da sociedade organizada, dos sindicatos, com solidariedade e respeito” e ressaltou a importância da cultura no processo de transformação que vive o país: “queremos um povo culto, com cultura e que seja capaz de fazer crítica e autocrítica”.
E chamou à unidade nacional: “aos que votaram contra o candidato da pátria, eu faço um chamado. Quero trabalhar com você, eu vou percorrer o país. Quero escutar suas razões: classe média, estudantes, trabalhadores, empresários, investidores (…) chamo a todas as pessoas, os políticos da oposição. Os convido para conversar nos diferentes cenário que possam ter e estou disposto a conversar (…) estou disposto a conversar até com o diabo, que Deus me perdoe”.
O ex-motorista jurou que trabalhará para “dar a maior soma de felicidade possível a nosso povo, seguir construindo o socialismo bolivariano e continuar o legado de Hugo Chávez Frías (...) até que o povo da Venezuela termine de ser um povo devidamente livre". Esses avanços, disse o ex-chanceler, “só são possíveis no socialismo. Se não transcendermos o capitalismo, voltaremos para o fundo do poço”. E colocou como meta de seu governo erradicar completamente a pobreza e a miséria até 2019, quando termina seu mandato.
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